Planta nativa da Europa e popularizada em diversas regiões do mundo, a verbena (Verbena officinalis), de tradição milenar, voltou a atrair a atenção da ciência por conter compostos com potenciais efeitos calmantes e indutores do sono.
Tanto no continente europeu quanto na medicina tradicional chinesa, a erva — que também é uma planta ornamental, com pequenas flores rosadas ou arroxeadas — é conhecida desde a Antiguidade e recomendada para aliviar problemas do sistema nervoso, insônia, dores de cabeça e má digestão.
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Originária principalmente de regiões do Mediterrâneo e da Ásia Ocidental, onde cresce naturalmente em campos, a espécie foi naturalizada em várias partes do mundo, incluindo América do Norte, América do Sul, África e Ásia, acompanhando rotas comerciais e coloniais desde a Antiguidade.
Os antigos egípcios acreditavam que ela havia nascido das lágrimas da deusa Ísis, enquanto romanos e gregos utilizavam a verbena em rituais religiosos e como oferenda aos deuses, por acreditarem em suas propriedades purificadoras e de proteção espiritual.
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Na Idade Média, a planta foi incorporada à medicina popular europeia, sendo usada para combater febres, insônia e males “dos nervos”.
Créditos: Wikipedia
Em geral, usa-se a parte aérea (as folhas e as flores) para preparar infusões de chá. Mas a verbena tem ainda outros usos: pode ser empregada na produção de tinturas e extratos alcoólicos.
Estudos feitos com a planta mostram que ela acumula diversos grupos de substâncias biologicamente ativas, como iridoides — associados a efeitos neurotrópicos, ou seja, de diminuição do nervosismo e da ansiedade; fenilpropanoides, que têm efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios; e flavonoides, que ajudam a proteger a saúde vascular e cerebral.
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Extratos obtidos da verbena apresentaram bons resultados em testes laboratoriais com roedores. Seu efeito ansiolítico e sedativo foi comparável ao de medicamentos farmacológicos manipulados, segundo estudo publicado na National Library of Medicine.
Pesquisas adicionais — ainda em estágio pré-clínico — também apontam para um potencial efeito “antidepressivo” da planta, cujas propriedades antioxidantes e neuroprotetoras podem oferecer benefícios neurológicos.
A forma tradicional de uso da verbena é por meio da infusão. Para prepará-la, utiliza-se uma colher de chá (cerca de 1 a 1,5 grama de erva seca por xícara) infusionada em água quente por alguns minutos, a fim de extrair as substâncias benéficas da planta. O consumo máximo recomendado é de até três vezes ao dia, mas recomenda-se cautela durante a gravidez e o período de lactação.