No JN, Sônia Guajajara diz que governo promove genocídio institucional

A líder indígena é uma das signatárias do pedido de impeachment apresentado contra Bolsonaro na terça-feira

Foto: Apib
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A coordenadora-executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Sônia Guajajara, denunciou no Jornal Nacional, da TV Globo, desta quarta-feira (15) a expansão do novo coronavírus entre povos indígenas e classificou como "genocídio institucional" a postura do governo.

"Essa falta de ação que dê conta de conter essa pandemia caracteriza para nós um genocídio institucionalizado. Para nós não é exagero falar que é um genocídio em curso. Se há a omissão, se há as condições para se fazer - eles dizem que tem recurso suficiente para enfrentar a pandemia - e não estão adotando ações, é um genocídio permitido", declarou a líder indígena.

Dados da Apib revelados pelo Jornal Nacional apontam que quase 15 mil indígenas já foram infectados pelo vírus Sars-CoV-2 e 501 já morreram, com um índice de contágio bem acima do registrado na população em geral.

Impeachment

Guajajara e a entidade são signatárias do novo pedido de impeachment apresentado contra o presidente Jair Bolsonaro na terça-feira (14). O documento aponta que Bolsonaro adota uma postura genocida contra povos indígenas e quilombolas.

Em nota da Apib sobre o pedido, Kretã Kaingan - que também atua como coordenador-executivo do organismo -, afirmou que o ex-capitão incentiva práticas que agravam as violências sofridas historicamente por povos tradicionais.

"O genocídio contra os povos indígenas sempre existiu, mas com o governo Bolsonaro a situação piorou. O presidente invadiu nossas terras permitindo a grilagem. Os povos indígenas pedem o Fora, Bolsonaro", declarou.

Confira aqui o pedido de impeachment assinado pela Apib e outras entidades, na íntegra