“17,5 mil horas”: em editorial, Estadão faz contagem regressiva para fim do governo Bolsonaro

Jornal, que fez texto que avaliava ser uma “escolha difícil” entre militar reformado e Haddad em 2018, diz agora que tempo restante é uma eternidade por ser o “pior governo da história nacional”; internautas não perdoaram

Jair Bolsonaro (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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No primeiro editorial de 2021, publicado nesta sexta-feira (1º), o jornal O Estado de São Paulo faz uma contagem regressiva para o final do governo Jair Bolsonaro: ainda faltam 17,5 mil horas, como diz o título do texto. Esse tempo, na avaliação do jornalão, é uma “eternidade, considerando-se que se trata do pior governo da história nacional”.

O Estadão segue em sua perspectiva: “Se os dois primeiros anos da gestão de Bolsonaro servem de parâmetro para o que nos aguarda na segunda parte do mandato, o Brasil nada pode esperar senão mais obscurantismo, truculência e incapacidade administrativa, pois essa é a natureza de um governo cujo presidente não se elegeu para governar, e sim para destruir”.

As palavras dão impressão de que o jornal não conhecia o perfil de Bolsonaro nem suas inúmeras declarações obscurantistas e truculentas mesmo antes da campanha em 2018.

Naquele ano, aliás, um editorial do Estadão ficou famoso por considerar uma “escolha difícil” em quem votar no segundo turno das eleições presidenciais: Jair Bolsonaro, então no PSL, ou Fernando Haddad (PT).

Os internautas não esquecem desse texto. Ele foi muito lembrado na hora em que comentaram o editorial deste 1º de janeiro nas redes sociais.

https://twitter.com/PaulorobMartins/status/1344978898795319298
https://twitter.com/fabionovoa/status/1344991852479602688
https://twitter.com/Ligasacchi/status/1344993137106812928

E cobraram uma autocrítica – aquela mesma, que tanto a mídia tradicional alega que o PT deveria fazer - por aquele editorial.

https://twitter.com/primodois/status/1344969260544778241

Para outro internauta, o jornal parece ter passado por um “choque de realidade”.

https://twitter.com/JambeiroRodrigo/status/1344980011191853056

O apoio ao atual presidente não passou em branco nos comentários também.

https://twitter.com/allaymer/status/1344994095748538370