Cobertura especial: BandNews TV muda programação para exibir entrevista de Lula a Reinaldo Azevedo

"O meu único acordo com o presidente é que eu pergunto o que eu quero e ele responde o que ele quer, como deve ser no jornalismo", disse Azevedo sobre a entrevista que vai ao ar nesta quinta-feira

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O anúncio da entrevista que o jornalista Reinaldo Azevedo fará em seu programa "O É da Coisa", da rádio BandNews FM, com o ex-presidente Lula, nesta quinta-feira (1), está gerando grande repercussão. Tanto é que a BandNews TV, outro veículo que, assim como a rádio, pertence ao grupo Bandeirantes, vai alterar sua programação para veicular a entrevista ao vivo.

Além das duas plataformas, a entrevista será exibida nas redes sociais oficiais da BandNews FM e contará com cobertura especial no site da Band.

Não é à toa que a conversa entre Lula e Azevedo vem dando o que falar. Crítico contumaz do ex-presidente, o jornalista foi um dos cunhadores do termo “petralha” e uma das principais vozes do antipetismo na mídia. Nos últimos anos, entretanto, o jornalista vem revendo suas posições e se tornou um ferrenho crítico da Lava Jato, operação que levou Lula à prisão, e tem afirmado que o ex-metalúrgico não teve um julgamento justo.

Em fevereiro deste ano, Azevedo chegou a admitir que foi um erro ter apoiado o impeachment de Dilma Rousseff. “Com dados da época, não consegui ser contra, mas se hoje você me pergunta se foi um erro, digo que foi. A posterior é fácil ver o ovo da serpente. Naquela época a gente tinha como referência o impeachment do Collor, que foi bom pro país”, disse durante entrevista ao jornalista Breno Altman, do Opera Mundi.

“O PT foi perseguido porque era o eixo que estava no poder, mas a Lava Jato na verdade é uma ação muito mais nefasta, é uma ação contra a política. É o partido da polícia, que não foi votado por ninguém e segue sua agenda. Isso nos levou a Bolsonaro, porque levou à destruição do ambiente político. Acho que todos nós, independentemente de vieses ideológicos, tínhamos que ter repudiado isso como princípio”, completou.

Sobre a entrevista de quinta-feira, que será exibida a partir das 18h, Azevedo afirmou: "O meu único acordo com o presidente é que eu pergunto o que eu quero e ele responde o que ele quer, como deve ser no jornalismo e em uma conversa com duas pessoas civilizadas. Quando me perguntam qual vai ser o tema, eu respondo passado, presente e futuro. Porque o Brasil tem futuro. Não tem tema interditado".

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