Após anunciar a saída em comum acordo da Rede Globo nesta quarta-feira (6), o comentarista e ex-jogador do Corinthians, Walter Casagrande Júnior, afirmou que não deve se engajar em campanha política, reafirmou que vai votar no PT e enfatizou sua oposição ao governo Jair Bolsonaro (PL).
"Eu sou contra o governo Bolsonaro até o fim da minha vida. Eles estão destruindo o país, na parte política, na parte social, destruindo a Amazônia, destruindo os indígenas, o pessoal tá morrendo de fome e o cara fica gastando dinheiro em motociata. Então, eu sou contra corrupção do MEC, machismo, homofobia, racismo, não posso ser a favor de uma coisa dessas", disse o ex-atacante, que afirma gostar do Ciro Gomes (PDT), mas que votará no PT, "o partido em que eu sempre votei".
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"Não sou filiado, não vou subir em palanque, não vou fazer campanha pra ninguém, não sou candidato a nada", ressaltou na primeira entrevista à Folha de S.Paulo.
Casagrande disse ainda que nunca sofreu "censura" pela sua posição política na Globo e que a decisão de não "subir em palanque" é pessoal.
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"Eu acho que eu não preciso fazer isso. Todo mundo sabe a minha posição, todo mundo sabe em qual partido eu vou votar", afirmou.
Sobre o ataque rasteiro de Jair Bolsonaro, que fez um tuite sobre o combate ao narcotráfico ao comentar uma crítica feita pelo ex-atleta, que nunca escondeu que foi dependente químico, Casagrande diz que não discute em redes sociais, "não importa se é Flávio Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, Jair Bolsonaro, que me atacam".
"A questão é: isso não é liberdade de expressão. Liberdade de expressão não te dá o direito de atacar as pessoas. Você tem que dar opinião: ‘não gosto do Casagrande’, ‘não gosto dele como comentarista’. Isso é opinião. Você falar ‘viciado, drogado’, isso não é opinião, isso é agressão. Mas cada um lida com os seus problemas", afirmou.