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Twitter apoia massacres? Resposta da plataforma a Flávio Dino causa indignação

Hashtag 'TwitterApoiaMassacres' explodiu na rede social após informações sobre reunião entre big techs e Ministério da Justiça causar espanto em autoridades

Dino foi enfático em exigência de colaboração de Big Techs na Operação Escola SeguraCréditos: Tom Costa/MJSP
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A hashtag #'TwitterApoiaMassacres explodiu na rede social de Elon Musk no Brasil nesta terça-feira (11). Milhares de tweets com a frase sobre o tema foram feitos, inclusive por perfis notórios, como Felipe Neto, Emicida e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Apesar da hashtag não constar na lista de trending topics do país, o tema foi mapeado como o segundo assunto mais comentado da tarde no Brasil pelo site trends24.in.

Confira alguns tweets:

A revolta nas redes sociais começou após uma reportagem de Júlia Duailibi, da TV Globo, acompanhada por declarações do ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino (PSB-MA), revelarem uma postura contraproducente do Twitter na Operação Escola Segura.

As big techs e o MJSP fizeram uma reunião para definir estratégias de combate aos ataques em escolas no Brasil, que explodiram nos últimos dias.

Segundo a coluna de Julia Duailibi, uma representante do Twitter chegou a afirmar que perfis com fotos de assassinos de crianças não violavam os termos de uso da rede social.

Em coletiva, Flávio Dino afirmou, sem citar nomes, que as redes sociais não estariam colaborando para auxiliar as autoridades.

“Não identificamos ainda a proporcionalidade entre a reação das plataformas com a gravidade dessa autêntica epidemia de violência que ameaça as escolas”, disse o ministro.

“Termos de uso não se sobrepõem à Constituição, a lei e não são maiores do que a vida das crianças e dos adolescentes brasileiros”, rebateu Dino.

O MJSP chegou a identificar mais de 500 perfis na rede social de Elon Musk que faziam apologia a massacres em escolas no Brasil e exigiu a retirada deles do Twitter.

Nesta terça-feira, a quarta tentativa de massacres foi registrada no Brasil, após um jovem de 13 anos esfaquear três colegas em uma escola em Goiás.