'ERRAMOS'

Folha erra em matéria sobre Macaé Evaristo e troca R$10 mil por R$10 milhões

Jornal multiplica por mil valor estabelecido em acordo relativo a ações de improbidade administrativa e depois se corrige

Créditos: Henrique Chendes/ALMG
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Em uma matéria na qual apontava que a deputada estadual (PT-MG) e nova ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, havia assinado em 2022 um acordo com o Ministério Público de Minas Gerais para encerrar ações de improbidade administrativa, o jornal Folha de S. Paulo cometeu um erro crasso.

O valor do acordo, referente à atuação da parlamentar quando era titular da secretaria estadual de Educação, foi de R$ 10.440,45, que se transformaram em R$ 10 milhões no título da matéria. Mais tarde, o jornal se corrigiu, mas o título e o texto já haviam circulado, inclusive em postagens nas redes sociais. 

 

A assessoria da parlamentar respondeu ao veículo, quando questionada sobre o acordo, que foram realizadas licitações para a compra de mobiliário e kits escolares, alvos de investigações do Ministério Público, pontuando também que haviam sido cumpridas todas as obrigações impostas no acordo.

"Esses processos pelos quais respondi resultaram na celebração de acordos para resolução célere e eficiente sobre questões ligadas à administração pública. Destaco ainda que sempre colaborei com a Justiça de forma engajada, reafirmando meu compromisso com a transparência, responsabilidade e defesa do interesse público", diz a nota.

Coletiva de Macaé Evaristo

Nesta segunda-feira (9), Macaé Evaristo concedeu sua primeira entrevista coletiva depois de realizar um encontro com os secretários da pasta.

A nova ministra falou sobre seu primeiro encontro com o presidente Lula para tratar do ministério. "A conversa com o presidente Lula foi bastante tranquila. O presidente Lula já conhece o meu trabalho e a grande questão para o presidente Lula é que a gente possa fortalecer as políticas desse ministério, que são muito importantes para o conjunto da sociedade", disse.

"Quanto às denúncias: é muito importante que os órgãos responsáveis façam as apurações devidas e é isso que a gente está aqui encaminhando [...] mas a ideia é que a gente possa fazer todo o procedimento. Eu acho que é preciso garantir o direito das pessoas, dos denunciantes, e também garantir o amplo e pleno direito de defesa, e uma coisa que é muito importante: que a gente garanta a privacidade e o sigilo sobre os fatos, principalmente daquelas pessoas que foram lesadas”, apontou ainda Macaé Evaristo.