O Fantástico, da TV Globo, escondeu o presidente Lula em uma grande reportagem, de quase 13 minutos de duração, que mostra a reconstrução do Rio Grande do Sul um ano depois da tragédia climática que atingiu 476 cidades e 96% do território do Estado, deixando 184 mortos e 25 desaparecidos.
Para a produção, o repórter Maurício Ferraz rodou cerca de 700 quilômetros, visitando as principais cidades afetadas, onde esteve durante a tragédia.
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Os esforços de reconstrução são visíveis e, atualmente, há poucos pontos ainda não recuperados no Estado.
Isso só foi possível com a liberação de R$ 111,6 bilhões pelo governo Lula. O valor é 16 vezes - 1.617% - maior que os R$ 6,9 bilhões liberados pelo governo estadual, comandado por Eduardo Leite (PSDB).
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Apesar do montante e do trabalho exemplar de recuperação, o Fantástico sequer citou o nome de Lula, entrevistando apenas o ministro dos Transportes, Renan Filho, área do governo federal que usou cerca de R$ 2 bilhões até agora - pouco mais de 1% - para recuperação das rodovias gaúchas.
"Além da destinação dos recursos, medidas inéditas como por exemplo a suspensão do pagamento da dívida do Estado, a não cobrança dos juros nesse período de 3 anos, ajudaram definitivamente a recuperação do Rio Grande do Sul", afirmou o ministro. Além dele, foi ouvido Pedro Capeluppi, secretário estadual de Reconstrução RS.
Em maio de 2024, Lula sancionou a Lei Complementar 206/2024, que suspendeu o pagamento das parcelas da dívida pública do Rio Grande do Sul com a União por 36 meses, de maio de 2024 a abril de 2027.
Segundo estimativa da Secretaria da Fazenda (Sefaz), a medida criaria um espaço fiscal de R$ 1,6 bilhão até o fim de 2024, R$ 3,7 bilhões em 2025, R$ 4,6 bilhões em 2026 e R$ 1,8 bilhão de janeiro a abril de 2027, somando cerca de R$ 11,7 bilhões até o fim do período de suspensão.
O valor total é praticamente o dobro do que foi investido pelo governo Eduardo Leite na recuperação do Estado.