Movimentos populares reagem e convocam ato de apoio aos caminhoneiros

Mobilização dos caminhoneiros começa, finalmente, a ganhar contornos políticos à esquerda com a adesão de movimentos populares à causa, como é o caso da Frente Povo Sem Medo, que marcou uma manifestação para hoje, na avenida Paulista, contra o aumento dos preços dos combustíveis e contra a repressão militar. PT, CUT, FBP e MTST também apoiam

Foto: Mídia Ninja
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A Frente Povo Sem Medo, que reúne dezenas de movimentos sociais e entidades populares, está convocando a população para um ato em solidariedade aos caminhoneiros, contra o aumento do preço dos combustíveis e contra a repressão militar aos trabalhadores, autorizada mais cedo por Michel Temer. A manifestação terá concentração a partir das 18h desta sexta-feira (25) no vão livre do Masp, na avenida Paulista, em São Paulo. "A greve dos caminhoneiros, o aumento dos combustíveis e o desabastecimento de alimentos é consequência das opções políticas de Temer e da gestão irresponsável do Pedro Parente na Petrobras. Colocar as tropas nas ruas não é solução. Contra a repressão militar aos caminhoneiros", diz o texto de convocação do ato, que já ganhou a adesão de estudantes do movimento secundarista de São Paulo e também do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Saiba mais sobre o ato aqui. Adesão dos movimentos populares Movimentos populares à esquerda no espectro político decidiram reagir e marcar posição de apoio com relação à greve dos caminhoneiros contra os aumentos no preços dos combustíveis, que já dura desde segunda-feira (21). Ainda que o direcionamento político entre os caminhoneiros seja difuso - há desde dos que pedem intervenção militar aos que pedem 'Lula livre' -, movimentos, partidos e organizações de esquerda têm enxergado na crise uma oportunidade para politizar o movimento e ampliar a luta contra o aumento dos preços dos combustíveis para uma mobilização em defesa da soberania nacional da Petrobras e contra o governo neoliberal de Michel Temer. Neste sentido, na quinta-feira (24), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) decidiu ir às rodovias em que os caminhoneiros estavam paralisados para prestar solidariedade e fazer comida para os trabalhadores. Na mesma linha foi a Frente Brasil Popular (FPB), que já na quarta-feira (23) divulgou uma nota de apoio à mobilização dos trabalhadores. O mesmo fizeram a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Partido dos Trabalhadores (PT), que também divulgaram notas deixando claro que apoiam a luta dos trabalhadores do transporte contra a política de preços de combustíveis imposta pela atual gestão da Petrobras.