Movimentos sociais e oposição organizam carreatas por impeachment de Bolsonaro para sábado (23)
Reunião entre partidos de posição e entidades populares e sindicais definiu três linhas de ação: vacinação da população contra a Covid-19, volta do auxílio emergencial e impedimento do presidente
Uma carreata neste sábado (23) deve marcar o início da mobilização popular pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A manifestação foi um dos temas discutidos nesta terça-feira (19) em uma reunião entre Frente Brasil Popular, Povo Sem Medo, partidos de oposição, movimentos populares e entidades sindicais.
No encontro, segundo a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, ficou definido que o campo progressista precisa ter uma pauta unificada para proteger o povo brasileiro e derrotar Bolsonaro.
Nessa linha, foram definidos três eixos de atuação. O primeiro, a crise sanitária, com foco essencial na vacina. “É preciso garantir vacina para toda a população”, disse Gleisi. Outro tema nessa linha é a necessidade de uma campanha nacional que faça o esclarecimento dos benefícios da vacina.
O segundo ponto definido é a retomada do auxílio emergencial. As entidades entendem que é necessário voltar a pressionar para que o benefício, que salvou da fome e da pobreza extrema milhões de brasileiros, seja estendido enquanto durar a pandemia. Deputada federal, Gleisi diz que a luta nesse eixo inclui pressionar para que, na retomada dos trabalhos do Congresso, esse seja um dos primeiros temas a serem votados.
E o terceiro é o impeachment de Bolsonaro. A pressão popular para que ele seja levado adiante é fundamental, mas, diante da pandemia, não poderiam ser convocadas manifestações nas ruas. Por isso, a alternativa foi convocar uma carreata para o próximo sábado (23). É uma forma de manifestação que combina povo nas ruas com segurança sanitária.
Veja as declarações de Gleisi sobre a reunião.
João Paulo Rodrigues, do MST, também publicou o resultado da reunião.