Campanha Nacional Fora Bolsonaro indica ato contra o presidente em 2 de outubro

Movimentos populares e partidos de esquerda não aderiram ao ato do MBL no dia 12 de setembro

Ato contra Jair Bolsonaro na avenida Paulista (Foto: Ricardo Stuckert)
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A Campanha Nacional Fora Bolsonaro, que reúne movimentos sociais, sindicatos e partidos de oposição e de esquerda, de reuniu nesta sexta-feira (10) para definir os próximos rumos da mobilização contra o presidente.

O grupo, que vem protagonizando manifestações pela democracia e pelo impeachment de Bolsonaro desde o início desde ano, não aderiu aos atos convocados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) para o dia 12 de setembro.

Um dos artífices do golpe contra Dilma Rousseff (PT) em 2016, o grupo de direita tenta atrair setores da esquerda para seus protestos, mas na realidade fomenta uma associação distorcida entre o ex-presidente Lula e o atual presidente, com o mote "Nem Bolsonaro, nem Lula", para pavimentar suas pretensões eleitoreiras de lançar um nome da chamada "terceira via".

Por não querer estar nas ruas junto ao MBL, a Campanha Nacional Fora Bolsonaro indicou 2 de outubro como o dia da próxima mobilização contra o presidente.

Confira o informe da campanha sobre a mobilização:

"A Coordenação da Campanha Fora Bolsonaro, reunida nesta sexta-feira (10), conclama os movimentos, organizações, partidos, ativistas e a população brasileira a continuar a pressão pelo fim deste governo genocida e criminoso, responsável pelo desemprego, fome, inflação miséria e a morte de quase 600 mil pessoas.

A Campanha, em sintonia com os partidos de oposição que se reuniram e apontaram a construção de mobilizações para o início do mês de outubro, indica o dia 2 de outubro como data da próxima mobilização por Fora Bolsonaro e Impeachment Já!

A Coordenação da Campanha informa ainda que não organiza ou convoca as manifestações anunciadas para o próximo domingo, 12 de setembro"

Adesões e recusas ao ato do MBL

Entre os setores da esquerda que o MBL conseguiu atrair, estão o PDT de São Paulo e seu presidenciável, Ciro Gomes; alas do PSB, algumas centrais sindicais e integrantes do PCdoB.

A presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), por sua vez, tem afirmado que a manifestação do grupo de direita, por ser contra Bolsonaro, é legítima. O partido, no entanto, não vai marcar presença no ato e nem convocar sua militância.

O PSOL, por sua vez, divulgou nota nesta sexta-feira (10) informando que não participará e nem convocará para o ato do MBL.

“Não pouparemos esforços para conquistar a unidade com quem partilha deste objetivo. No entanto, a Executiva Nacional do PSOL informa que o partido não é organizador, não convoca e nem participará da manifestação de 12 de setembro. Nosso partido faz parte da campanha nacional pelo Fora Bolsonaro, que em breve definirá seu calendário", diz a legenda.

O texto foi divulgado pouco antes da definição de 2 de outubro como data para as manifestações da Campanha Nacional Fora Bolsonaro.

Outras entidades, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Movimentos Populares (CMP) e Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) também se manifestaram informando que não sairão às ruas com o MBL.