PREÇO JUSTO

Após aumento dos combustíveis, petroleiros fazem ação com botijão a R$ 50

Moradores de Padre Miguel, no Rio, puderam comprar botijões de 13 litros a R$ 50, preço que corresponde à metade do que é praticado no mercado

Ação foi promovida por FUP e Sindipetro-NF.Créditos: Dani Dacorso
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A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) promoveram, nesta sexta-feira (11), em Padre Miguel, no Rio de Janeiro, a ação “Preço Justo”.

Consiste na venda de 440 botijões de gás de 13 litros, a R$ 50 cada um, valor que corresponde a pelo menos metade do preço praticado atualmente no mercado.

Além da oportunidade de comprar o gás de cozinha, os moradores do Conjunto Residencial Cardeal Dom Jaime receberam cestas básicas e 200 pacotes de absorventes, que fazem parte da campanha contra a pobreza menstrual, lançada no Dia Internacional da Mulher (8), pelo Sindipetro-NF.

A ação aconteceu um dia após a Petrobras anunciar mais um reajuste abusivo nos preços dos derivados de petróleo.

Gerson Castellano, diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), destacou que a decisão do governo de Jair Bolsonaro (PL), por intermédio da Petrobras, afeta diretamente a população brasileira.

“A ação da FUP e do Sindipetro-NF é extremamente importante para dar condições para a população fazer o seu alimento. Alimento que vai ficar mais caro por conta da falta de fertilizantes e do aumento dos preços da Petrobras. que mais uma vez vai castigar toda a população. A gente entende que essa ação serve para alertar as pessoas sobre a necessidade de reverter esse quadro e mudar o governo. Precisamos de um governo que se preocupe com o social e que faça a Petrobras ser mais uma vez de todos os brasileiros”, defendeu Castellano.

Participaram da campanha representantes da FUP e do Sindipetro-NF. Além de prestar ajuda humanitária para famílias, os dirigentes explicaram à população sobre os prejuízos da política de reajustes dos combustíveis baseada no Preço de Paridade de Importação (PPI), adotada pela Petrobras desde outubro de 2016, que considera o preço do petróleo no mercado internacional, a cotação do dólar e custos de importação de derivados, mesmo o Brasil sendo autossuficiente em petróleo.

Alessandro Trindade, diretor do Sindipetro-NF, ressaltou que o sorriso da classe trabalhadora e operária do Brasil está sumindo. “Ele tira também a comida e o botijão da cozinha de cada brasileiro. Esse governo não é um governo para o pobre e para comunidade”, disse ele.

José Maria Rangel, diretor do Sindipetro-NF e ex-coordenador geral da FUP, conta que a ação “Preço Justo” do gás é mais uma forma de a comunidade petroleira ajudar os mais carentes em meio à pandemia.

“O Brasil está numa situação deplorável”, diz diretor do Sindipetro-NF

"A gasolina está quase R$ 10, o botijão quase R$ 150, 40 milhões de brasileiros estão passando fome; 20 milhões estão desempregados; mais de 150 milhões morrendo por causa da Covid-19”, alertou Rangel.

“A FUP e o Sindipetro-NF estão juntos com a Associação de Moradores (do Residencial Cardeal Dom Jaime de Padre Miguel) para fazer mais uma ação de venda a preço justo que o governo Bolsonaro parou de proporcionar. O povo brasileiro passa fome e voltou a cozinhar na lenha. Vamos enfrentar juntos a guerra contra a fome e injustiça social”, afirmou o coordenador-geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra.