REPRESSÃO

VÍDEO: Trabalhadores em Educação de BH são agredidos pela Guarda Municipal

Professores e demais profissionais da Educação da capital mineira realizavam uma manifestação em frente à sede da prefeitura

Manifestação acabou em truculência da Guarda Municipal.Créditos: Divulgação/Sind-Rede-BH
Escrito en MOVIMENTOS el

Um grupo de trabalhadores da rede municipal de Educação foi agredido pela Guarda Municipal de Belo Horizonte, Minas Gerais, nesta sexta-feira (25), durante manifestação pacífica, em frente à sede da prefeitura.

Houve relatos de agressões com cassetetes, uso de spray de pimenta e gás lacrimogêneo por parte dos agentes. Segundo informações iniciais, dois professores foram encaminhados ao Hospital de Pronto Socorro João XXIII, na capital mineira. Um deles, que ficou desacordado após ser agredido na cabeça, continuava internado. Uma professora recebeu alta.

O professor Daniel Wardil, do comando de greve do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede), contou que a repressão teria começado quando os manifestantes estavam na calçada, em frente à prefeitura.

“Tinha espaço para entrar e sair da prefeitura. A Guarda Municipal, na ignorância, veio na pancadaria, com bomba, com cassetete, expulsando a gente do passeio. Do passeio. Tem professor agora no hospital porque levou pancada na cabeça e desmaiou aqui na porta. Tem professora agredida”, relatou, em entrevista ao site O Tempo

Segundo informações do sindicato, havia um espaço reservado para os professores. Com a chegada do prefeito Alexandre Kalil (PSD), a Guarda Municipal reduziu a área dos professores, que realizaram um cordão de isolamento para se proteger.

Diante disso, a tropa de choque da Guarda Municipal passou a atacar os professores com bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e cassetete.

Sindicato tentava negociar com Kalil

O Sind-Rede convocou os trabalhadores em Educação para a vigília na porta da prefeitura, nesta sexta, na tentativa de negociar com Kalil. O prefeito havia marcado uma coletiva de imprensa para anunciar seu afastamento do cargo para se candidatar ao governo do estado de Minas Gerais.

O magistério público municipal reivindica o cumprimento do piso salarial nacional da categoria, assim como condições de trabalho para a retomada pedagógica, depois do ensino remoto adotado durante a pandemia de Covid-19.