O Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP) convocou uma greve de advertência em defesa da melhoria das condições de trabalho e pelo respeito às negociações coletivas após reunião nesta quarta-feira (12). A convocação da paralisação nacional, que será realizada por 24 horas no dia 26 de março, será submetida à aprovação da categoria.
A FUP afirma que a greve tem o objetivo de barra o "movimento crescente e autoritário de ataques aos direitos coletivos, de desrespeito aos fóruns de negociação e de guerrilha jurídica da Petrobrás contra os trabalhadores". Os petroleiros afirmam que "o que está em curso é a tentativa de enfraquecimento dos fóruns de negociação coletiva, em pleno processo de reconstrução dos Sistema Petrobrás e dos direitos da categoria que foram atacados no período de desmonte da empresa".
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"O movimento da gestão da Petrobrás deveria ser o oposto, pois sempre que a nossa estatal esteve sob ataque e risco de privatizações, foram os trabalhadores e trabalhadoras que estiveram na linha de frente da defesa da empresa e da soberania nacional. Não por acaso, o fortalecimento dos direitos coletivos ocorreu em períodos de crescimento do Sistema Petrobrás, com exceção da ditadura civil militar", declaram, em nota.
A pauta de reivindicações inclui
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- Defesa do teletrabalho com regramento negociado coletivamente;
- Oposição à redução da remuneração variável dos trabalhadores;
- Recomposição dos efetivos;
- Garantia de segurança em todo o Sistema Petrobrás, nas prestadoras de serviço e durante o período de manutenção e entrada em operação da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR);
- Fim dos equacionamentos da Petros (descontos abusivos da empresa no contracheque dos ativos, aposentados e pensionistas);
- Criação de um plano de cargos e salários justo e isonômico.
"Na terça-feira, 11, dirigentes da FUP e representantes da Petrobrás estiveram reunidos na sede da empresa, no Rio, para tratar da negociação sobre o teletrabalho. As partes não chegaram a um acordo, até porque a Petrobrás manteve a sua proposta anterior", diz a FUP, em nota.
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