
Neste 7 de setembro, como ocorre desde 1995, o Grito dos Excluídos e das Excluídas ganhou as ruas do país. Em Brasília, como mostrou a Fórum, o artivismo deu o tom da manifestação com performances críticas ao desmantelamento do estado nacional e das políticas econômicas, sociais e ambientais que asfixiam as florestas, estrangulam a classe trabalhadora e sufocam os milhões de desempregados.

Em São Paulo, o grupo começou a se movimentar a partir das 9h da manhã. Teve manifestação na Praça Oswaldo Cruz e na avenida Paulista, na região centra, e também na zona oeste e em Carapicuíba, na região metropolitana. Teve manifestação também na baixada Santista, em Mogi das Cruzes, Campinas, Santo André, São Bernardo do Campo, Osasco e Jundiaí. Este ano o grito é “vida em primeiro lugar: basta de miséria, preconceito e repressão! Queremos trabalho, terra, teto e participação”.
Na praça Oswaldo Cruz, movimentos populares como sem tetos, movimentos feministas e movimento negro, usaram balões e cruzes em protesto contra as mais de 126 mil mortes pelo coronavírus no país, a maioria dos mortos são trabalhadores pobres. “Fora Bolsonaro” também foi um grito ecoado pelos manifestantes.

Segundo a Central dos Movimentos Populares (CMP), esperava-se umas 150 pessoas na manifestação presencial, mas havia cerca de 600 pessoas na praça. Grande parte da programação do 26º Grito dos Excluídos e das Excluídas ocorreu em lives virtuais, em respeito às medidas de segurança sanitária.
No ato de São Paulo o governador João Doria (PSDB) também não foi poupado. Os manifestantes caminharam pelas ruas do centro denunciando as políticas anti povo e cobrando políticas públicas inclusivas.