Usuários das redes sociais estão mobilizados, nesta quarta-feira (1), para enviar mensagens de apoio e solidariedade a Franciane Andrade, jovem influenciadora digital de Mogi Guaçu (SP) que denunciou um caso de estupro que sofreu rodeio de Jaguariúna (SP) no último final de semana.
A estudante de medicina veterinária, que tem 23 anos, relatou através dos stories em sua conta no Instagram que, na última segunda-feira (29), acordou com dores e sem se lembrar de boa parte do evento, realizada no último sábado (27). Ela conta que estava bebendo com os amigos e teria sido dopada.
Desconfiada, a jovem procurou a Delegacia da Mulher de Mogi Guaçu e, ao se submeter a exame do Instituo Médico Legal (IML), o estupro foi constatado.
"Acabei de correr atrás de B.O., fui no IML em Mogi Guaçu, fiz um exame, a polícia constatou que houve estupro e não sabe me dizer se foi um, dois ou três", disse, aos prantos. "Eu não sei o que fazer, estou arrasada", afirmou ainda.
Segundo a secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), o caso foi encaminhado para a Delegacia de Jaguariúna, onde foi aberto um inquérito para apurar crime de estupro.
A influenciadora gravou os stories enquanto aguardava atendimento na Santa Casa de Mogi Guaçu para receber o atendimento protocolar a vítima de estupro, que consiste em coquetel contra doenças sexualmente transmissíveis.
Organização do evento se manifesta
Em nota, a organização do Jaguariúna Rodeo Festival 2021 informou que "assim que tomou conhecimento do relato de Franciane Andrade entrou em contato com a jovem e com sua família para prestar toda ajuda e suporte necessários".
Segundo os organizadores, está sendo realizada "uma operação de busca em todas as 53 câmeras espalhadas pelo recinto para que se possa reconstituir o episódio e que os culpados sejam imediatamente identificados".
Apesar do posicionamento da empresa que organiza o evento, Franciane relatou, em sua sequência de postagens, que estava em um dos camarotes mais caros do rodeio que não recebeu a ajuda de ninguém.
"Que dor que eu estou sentindo. Inconsciente, sem ver quem era. [...] Eu paguei um dos camarotes mais caros para ter segurança, aí acontece isso e ninguém me ajudou. Nenhum segurança me ajudou, ninguém", disse.
Na manhã desta quarta-feira (1), Franciane prestou novo depoimento, que durou 3 horas, na Delegacia da Mulher da sua cidade.