MULHERES NA POLÍTICA

Dilma Rousseff: “O golpe foi machista, contra as LGBTQIA+ e contra o trabalhador brasileiro”; veja vídeo

Durante o evento, que marcou o lançamento de obra sobre a violência de gênero na política, a ex-presidente também comentou sobre o fato de ser classificada como “uma mulher dura”

Dilma Rousseff: “O golpe foi machista, contra as LGBTQIA+ e contra o trabalhador brasileiro”; veja vídeo.Créditos: Roberto Stuckert
Escrito en MULHER el

Aconteceu nesta segunda-feira (18), na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) evento que marcou o lançamento o livro "Sempre foi sobre nós" (Instituto E se fosse você?) coletânea de artigos organizada pela ex-deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB) e que trata da violência de gênero na política. 

O livro traz uma série de artigos com autorias de Manuela D'Ávila, Dilma Rousseff, Maria do Rosário, Bruna Rodrigues, Daiana dos Santos, Anielle Franco, Áurea Carolina, Benedita da Silva, Duda Salabert, Eria Hilton, Isa Penna Jandira Feghali e outras. 

A ex-presidenta Dilma Rousseff, que marcou presença no evento e foi recebida sob forte onda de aplausos, falou sobre os marcadores de gênero e de sexualidades que se fizeram presentes no golpe que lhe apeou do poder em 2016. 

"A mim diziam que eu era uma mulher dura, e eu disse: "Sim, senhor, eu sou dura no meio de 500 homens meigos, todos meigos!" Eu acredito que ele é um golpe [2016] misógino, machista, homofóbico, contra LGBTQIA+, é um golpe contra o trabalhador brasileiro, foi contra as classes médias brasileiras", disse Rousseff. 

Organizadora da obra, Manuela D'ávila declarou em entrevista a TVT que 2022 tem de ser marcado pela derrota do presidente Bolsonaro (PL), que busca a reeleição, do bolsonarismo, mas, fundamentalmente, das tecnologias de violências com base no gênero e fazer tal discussão com a sociedade brasileira. 

"2022 precisa ser o ano em que nós derrotemos Bolsonaro e o bolsonarismo, mas nós precisamos saber que o bolsonarismo tem como sua tecnologia política principal a misoginia e o ódio às mulheres. É impossível derrotar o que o bolsonarismo representa na sociedade se nós não falarmos sobre a possibilidade de mudanças que as mulheres na política representam e sobre o fato dessa ser a razão de nós sermos os alvos prioritários do ódio e da aversão dele", disse Manuela. 

As declarações da ex-presidenta Dilma Rousseff e da ex-deputada federal Manuela D’ávila podem conferidas no vídeo abaixo a partir de 18 min. 

Um Projeto de Lei que visa tornar a violência política de gênero passível de punição foi protocolado na semana passada pela deputada federal Perpetua Almeida (PCdoB-AC). 

 

Com informações da TVT