ESTUPRO

Anestesista que estuprou grávida é vaiado e xingado por presos ao chegar em Bangu 8

Giovanni Quintella Bezerra gerou tensão em sua chegada ao presídio, após sua prisão em flagrante ser convertida para preventiva

Anestesista preso.Créditos: DEAM-RJ/Divulgação
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Giovanni Quintella Bezerra, anestesista filmado estuprando uma gestante durante o parto, gerou tensão entre os presos ao chegar, na noite desta terça-feira (12), ao presídio de Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.

Assim que chegou ao local, por volta das 21h15, de acordo com a TV Globo, detentos começaram a sacudir as grades, vaiar e xingar o anestesista, como forma de protesto.

Quintella foi enviado para o local por ser a cadeia que recebe presos com curso superior, mas ainda assim ficará em uma cela sozinho.

Prisão preventiva

O anestesista teve sua prisão convertida de flagrante para preventiva nesta terça-feira (12).

Ele passou por audiência de custódia realizada na cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio, para onde foi levado no fim da tarde da segunda-feira (11).

“A gravidade da conduta é extremamente acentuada. Tamanha era a ousadia e intenção do custodiado de satisfazer a lascívia, que praticava a conduta dentro de hospital, com a presença de toda a equipe médica, em meio a um procedimento cirúrgico. Portanto, sequer a presença de outros profissionais foi capaz de demover o preso da repugnante ação, que contou com a absoluta vulnerabilidade da vítima, condição sobre a qual o autor mantinha sob o seu exclusivo controle, já que ministrava sedativos em doses que assegurassem a absoluta incapacidade de resistir”, afirmou a juíza Rachel Assad.

A juíza disse ainda que: “em um parto onde a mulher, além de anestesiada, dava luz ao seu filho – em um dos prováveis momentos mais importantes de sua vida – o custodiado, valendo-se de sua profissão, viola todos os direitos que ela tinha sobre si mesma. Portanto, o dia do nascimento de seu filho será marcado pelo trauma decorrente da brutal conduta por ele praticada, o que será recordado em todos os aniversários”.

Preso por tempo indeterminado

O médico foi preso pelo estupro de uma mulher na hora do parto, e a delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher, investiga se há pelo menos mais cinco vítimas.

Com a mudança do status da prisão, o médico ficará preso por tempo indeterminado, tendo sua situação reavaliada se ultrapassar 90 dias. Neste tempo, o inquérito policial poderá ser concluído e entregue ao Ministério Público que decidirá pela denúncia ou não, e pela manutenção da prisão.

Com informações do G1