FEMINICÍDIO

Grávida é encontrada morta ao lado da filha de oito meses; companheiro é suspeito

A cabeleireira Sandra Maria de Sousa, de 34 anos, tinha marcas de agressão, sangue na região do nariz e da cabeça e duas perfurações

A vítima Sandra Maria de Sousa Silva.Créditos: Arquivo Pessoal
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A Polícia Civil está investigando o assassinato de Sandra Maria de Sousa Silva, de 34 anos. O corpo da cabeleireira foi encontrado em um apartamento no bairro da Sé, em São Paulo. A vítima estava grávida de um mês do companheiro, o colombiano chamado Davi Rodrigues, que é o principal suspeito do crime. Ele é procurado.

Ao lado do corpo, a filha da vítima, de apenas oito meses, estava em um berço. A bebê apresentava sinais de desidratação e desnutrição.

Vizinhos e amigas de Sandra decidiram chamar um chaveiro, pois não tinham notícias dela desde sexta-feira (22). Além disso,  havia um forte odor que vinha do imóvel.

A Polícia Militar (PM) informou que a cabeleireira foi encontrada na cama, já sem vida, com marcas de agressão, sangue na região do nariz e da cabeça e duas perfurações, que pareciam ter sido feitas por arma branca.

“A gente ficou sabendo por uma amiga dela, que me ligou mais cedo perguntando se ela estava comigo, na minha casa. Eu falei para ela que não estava, aí ela falou que viria na casa para ver o que tinha acontecido porque já tinha dois dias que ela estava sumida”, declarou a irmã de Sandra, em entrevista ao G1.

A bebê encontrada tinha lesões pelo corpo. Ela foi socorrida e encaminhada para um pronto-socorro da região. Policiais acham que os roxos e marcas encontrados no corpo foram consequência de tentativas dela de sair do berço.

O caso foi registrado como feminicídio na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher, no Cambuci. Davi Rodrigues foi visto pelos vizinhos saindo do apartamento da vítima na sexta-feira (22) com bolsas na mão.

Celular e imagens de monitoramento foram recolhidos

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a perícia recolheu um celular encontrado na cena do crime e seu conteúdo analisado. As imagens de monitoramento do edifício e de imóveis próximos também foram requisitadas.

“Ela tinha me ligado de vídeo na sexta-feira, estava com a boca meio machucada e esse homem estava lá na casa dela com ela. Eu perguntei se ele tinha batido nela, mas ela falou que não”, acrescentou a irmã.