Entrevistada pela revista de moda e cultura Vogue, Janja Silva, esposa do presidente eleito Lula (PT), que toma posse neste domingo (01). O ensaio foi realizado pelo fotógrafo Bob Wolfenson, considerado um dos melhores do mundo.
Na conversa com a publicação, Janja critica o título de primeira-dama. "Não precisam me chamar de primeira-dama, me chamem de Janja mesmo. Primeira-dama é o que? Dama? É uma coisa tão patriarcal", critica.
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Em seguida, Jana revela à revista Vogue que já pensou em propor uma substituição do título de primeira-dama. "Já quebrei a cabeça tentando encontrar um substituto. Já me chamaram de primeira companheira, que também não gosto. Companheira é uma coisa muito do PT. Sou a Janja".
Durante a conversa, Janja falou sobre o fato de estar envolvida e participar de várias decisões do alto escalão do novo governo Lula e também comentou sobre as críticas machistas que recebeu.
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"Sou deste jeito: muito expansiva. Converso, canto, danço sozinha em casa. Não vou ser diferente porque tenho que ser a mulher certinha do presidente da República. Tenho uma história de vida que me dá condições para discutir algumas coisas”, afirma Janja.
Posteriormente, Janja comenta aqueles que a criticam e afirmam que ela deveria focar na vida de casada, como o fez a jornalista Eliane Cantanhêde. "Se tem pessoas que acham que eu não estou no meu lugar, ok, não tem problema. Podem fazer críticas. O que precisa ter é diálogo e respeito com quem pensa diferente. Mas se você não me convenceu, vou continuar agindo do jeito que acredito", afirma Janja.
"Em primeiro lugar, quem decide o que, como e com que eu falo sou eu. Em segundo lugar vem a pessoa que poderia ser atingida por isso, que é meu marido. Ele (Lula) me dá total liberdade. Sei muito bem quais são os meus limites", revela.
Por fim, Janja é categórica sobre os ataques públicos que recebeu. "Não guardo mágoa, eu guardo print", avisa.