VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Deputada que denunciou ex-marido por agressão relata ter sido enforcada e jogada ao chão

Marussa Boldrin (MDB-GO) denunciou histórico de agressões de Sidomar Junior em carta aberta nas redes sociais

Dep. Marussa Boldrin (MDB-GO).Créditos: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Escrito en MULHER el

A deputada federal Marussa Boldrin (MDB-GO), que denunciou o ex-marido, o advogado Sinomar Vaz de Oliveira Júnior, por violência doméstica, relatou ter sido enforcada e jogada ao chão

"Ele me bateu muito. Ele me bateu com tapa, com soco na cara, enforcando meu pescoço. Me jogou no chão por várias vezes", afirmou Marussa, em entrevista à TV Anhanguera. A deputada fez a denúncia pública ao postar uma carta aberta sobre o caso nas redes sociais, nesta segunda-feira (28).

Ela relatou que teve coragem para fazer a denúncia ao ser novamente agredida e com ainda mais violência após resolver terminar o relacionamento. "Tive coragem de procurar a delegacia, de fazer o boletim de ocorrência e o corpo de delito e pedir uma medida protetiva. Porque não cabe amor onde existe violência", escreveu na carta.

Já na entrevista à TV Anhanguera, a deputada afirmou que chegou a ter medo de dormir de costas para o marido após ele ameaçá-la dizendo que pegaria uma arma guardada no carro. Em relação à motivação das agressões, Marussa disse acreditar em "ciúme profissional".

"Não era só o fato assim: 'Minha mulher está com outra pessoa', [mas ele] tinha ciúme de uma reunião, de eu estar com pessoas fortes politicamente e não era ele que estava lá", destacou.

Luta e sabotagem

Na carta, ela relatou que, enquanto "lutava na vida pública", o marido a "sabotava na vida privada". "Nunca me apoiou com sinceridade, apenas por conveniência. Nem mesmo compareceu à minha posse de reeleição como vereadora", contou. 

Por fim, ela declarou que não aceitará mais "ser abusada, nem física, nem moral, nem psicologicamente" e encorajou outras mulheres vítimas de violência a denunciarem. "E se você, mulher, estiver lendo isso e vivendo algo parecido, saiba: você não está sozinha. Não tenha medo de denunciar, de pedir ajuda, de buscar sua liberdade", disse. 

Veja a carta aberta de Marussa Boldrin


 

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