Bresser Pereira elogia escolha de Nelson Barbosa para a Fazenda

O ex-ministro e economista se referiu a Barbosa como um "economista desenvolvimentista responsável, comprometido com uma política que combine desenvolvimento com estabilidade e redução das desigualdades"

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O ex-ministro e economista se referiu a Barbosa como um "economista desenvolvimentista responsável, comprometido com uma política que combine desenvolvimento com estabilidade e redução das desigualdades" Por Redação Ministro nos governos FHC e Sarney, o cientista político e economista Luiz Carlos Bresser Pereira aprovou a escolha de Nelson Barbosa para substituir Joaquim Levy no Ministério da Fazenda. Em texto publicado em sua página pessoal do Facebook neste sábado (19), Bresser Pereira afirma que a presidenta Dilma "fez uma boa escolha" e se refere à Barbosa como "um economista desenvolvimentista responsável, comprometido com uma política que combine desenvolvimento com estabilidade e redução das desigualdades". De acordo com Bresser, o novo ministro da Fazenda deve continuar promovendo o ajuste fiscal por o julgar necessário mas destacou um estudo apresentado pelo economista em 2014 que trata de dois desafios para a economia brasileira: o ajuste fiscal e o ajuste cambial. Confira aqui o artigo de Nelson Barbosa e, abaixo, a íntegra do texto publicado por Bresser Pereira. "A presidente Dilma Rousseff fez uma boa escolha ao nomear Nelson Barbosa Filho Ministro da Fazenda. Trata-se de um economista desenvolvimentista responsável, comprometido com uma política que combine desenvolvimento com estabilidade e redução das desigualdades. Ele continuará a promover o ajuste fiscal, porque acredita na sua necessidade. Em setembro de 2014, no Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas, ele apresentou um trabalho no qual afirmou que a economia brasileira enfrenta dois desafios: o ajuste fiscal e o ajuste cambial. Esse artigo foi publicado na revista de economia neste ano. Ele sabe, portanto, que não basta equilíbrio fiscal; é necessário também equilíbrio cambial - o problema não é apenas de populismo fiscal, como querem os economistas ortodoxos, mas também de populismo cambial: o uso irresponsável da apreciação cambial para reduzir a inflação e aumentar os rendimentos reais artificialmente - um populismo que tem tido consequências desastrosas para a economia brasileira: baixo crescimento e crises financeiras cíclicas. Vamos torcer que o novo Ministro da Fazenda consiga enfrentar os desafios fiscal e cambial que ele conhece tão bem." Leia também: Nelson Barbosa é o novo ministro da Fazenda Foto: Arquivo/Agência Brasil