"É uma ação orientada entre Temer e Alckmin", diz Lindbergh Farias sobre violência policial

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O senador disse que vai denunciar a PM paulista à OEA: "Eu acho que o objetivo da PM é passar aquela imagem [de confronto] para pôr medo na população, para que não saia às ruas" Por Matheus Moreira O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) criticou fortemente a ação da Polícia Militar de São Paulo durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (5) no Sindicato dos Jornalistas. O parlamentar disse que vai denunciar a PM à OEA e que a repressão do ato de ontem (4) foi "uma ação orientada entre Temer e Alckmin". "É uma ação orientada entre Temer e Alckmin. É Alexandre de Moraes [PSDB-SP], que era secretário de Segurança Pública em São Paulo e agora é ministro da Justiça, tentando impor sua narrativa", disse o senador. Lindbergh disse que o motivo de tudo isso era motivar um confronto e desmobilizar a ação. Para ele, não dá para encarar isso como uma coisa normal e que os atos de vandalismo foram cometidos pela PM. "Eu acho que o objetivo da PM é passar aquela imagem [de confronto] para pôr medo na população, para que não saia às ruas", comentou. O objetivo de uma denúncia para a Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA, segundo o senador, é de poder intimidar e frear um pouco a escalada de violência. "Não podemos nos calar frente à gravidade do estamos vivendo. Há uma escalada de violência. [...] Acho que isso [a denúncia à OEA] pode intimidá-los", afirmou. O deputado Paulo Teixeira também estava presente na coletiva e disse que Roberto Amaral, ex-minstro da Ciência e Tecnologia e ex-presidente do PSB, foi atingido por um estilhaço de bomba lançada pela Polícia Militar e que precisou ser socorrido. "O governador tem que responder por que a polícia está atuando dessa forma", afirmou o deputado. Paulo Teixeira ainda comentou o caso dos 26 jovens que foram detidos. Ele disse que foi até o Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), para onde os manifestantes tinham sido encaminhados, e que um deles não tinha sequer mochila e foi implantada uma barra de ferro para sinalizar que ele fazia parte do grupo. Uma outra estudante foi acusada de portar os materiais de primeiros socorros no intuito de já socorrer os colegas que planejavam o confronto. Na verdade a jovem era uma das socorristas e se precavia. Segundo o deputado, o delegado responsável pelo caso, Dr. Fabiano, disse que nenhuma das 26 pessoas tinha antecedentes criminais e que dois crimes foram imputados a eles: formação de quadrilha e corrupção de menores, no caso dos maiores de idade. Além de Lindbergh e Paulo Teixeira, estiveram presentes o ex-senador Eduardo Suplicy (PT-SP), o secretário municipal de Saúde Alexandre Padilha (PT-SP), o vereador Nabil Bonduki (PT-SP) e representantes de movimentos sociais como MST (Movimento dos Sem-Terra) e CTB( Central dos Trabalhadores do Brasil).