Pré-candidato à Presidência em 2022, Sergio Moro (Podemos) enrolou e fugiu da pergunta de uma das apresentadoras da Jovem Pan News sobre ser a favor da vacinação obrigatória contra a Covid-19.
Parecendo confortável de dar entrevista à emissora bolsonarista na manhã desta terça-feira (18), o ex-juiz se disse "a favor dos imunizantes" e criticou os "episódios de violência" contra as pessoas que não respeitavam o distanciamento social, mas não respondeu se concordava ou não com a vacinação obrigatória.
"Vou deixar bem claro, eu sou favorável as vacinas, e acho importante, quando não tínhamos as vacinas, as políticas de distanciamento social, para minorar o contágio. Episódios de violência específica eu me pronunciei, pouco antes de deixar o governo, eu tive uma reunião com o Secretário de Segurança dos Estados e disse que o distanciamento social era importante, mas que os excessos deveriam ser evitados", afirmou Moro, em resposta à comentarista Cristina Graeml.
Em seguida, a apresentadora Adriana Reid insistiu no assunto, pedindo que o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) respondesse "com poucas palavras" se era favorável à obrigatoriedade da vacina e o que pensava sobre a crise econômica instaurada no Brasil. Fugindo da polêmica, Moro se limitou a discorrer somente sobre a segunda pergunta.
A explicação, porém, não foi das melhores. Como fórmula para resolver o problema da inflação, ele sugeriu controlá-la. "O primeiro ponto, não existe nenhuma bala de prata. Como você resolve o problema? Você tem que controlar a inflação, diminuir a inflação. Porque senão é combustível aqui, é alimento ali. Em algum lugar o dique vai arrebentar (...) Não é uma crítica pessoal a ninguém, é uma constatação objetiva. O governo falhou na política econômica", disse Moro.