Abraji relacionou 21 casos de violência contra profissionais da imprensa em cinco capitais brasileiras
Da Redação
[caption id="attachment_30832" align="alignleft" width="300"] Jornalista mordido por cão da PM durante manifestação em Brasília (Foto: (Renata Martins / EBC)[/caption]A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) divulgou na última segunda-feira (9), a relação de jornalistas que sofreram algum tipo de violência durante a cobertura dos protestos do último sábado, 7, Dia da Independência do Brasil.
Segundo a entidade, ocorreram 21 casos de agressão contra 20 profissionais de imprensa em todo o Brasil. A polícia foi responsável por 85% destas ocorrências (18 casos). A maioria das agressões está relacionada ao uso indiscriminado do spray de pimenta. O número contabilizado no último sábado (7) igualou o recorde de agressões das forças de segurança contra jornalistas registrado nos protestos de 13 de junho, quando as PMs foram responsáveis também por 18 casos.
Brasília foi a cidade mais perigosa para os profissionais de imprensa durante a cobertura dos protestos de 7 de setembro. Ao todo, foram agredidos 12 jornalistas no Distrito Federal. Todos vítimas de policiais militares. Um exemplo é o caso do fotografo Ricardo Marques, que desmaiou após ser atingido pelo spray de pimenta disparado por um policial e teve uma de suas câmeras furtadas.
O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar, com 4 casos, e foi a única cidade onde um profissional de imprensa foi agredido tanto por policiais quanto por manifestantes. Júlio Molica, repórter da Globo News, foi atingido por spray de pimenta e recebeu chutes dos manifestantes, que tentavam expulsá-lo do local da manifestação. Também foram registrados casos de violência contra jornalistas em Belo Horizonte (2), Manaus (2) e São Paulo (1).
Desde os protestos do dia 13 de junho, a Abraji já contabilizou 82 agressões de agentes de segurança e manifestantes contra jornalistas durante protestos. Destas, 62 foram cometidas por policiais, 15 por manifestantes, 2 por seguranças particulares e 3 por autores não identificados. A lista completa com os nomes de todos os profissionais agredidos, veículos para o qual cada um trabalhava, data e local da agressão está disponível para download.