Alunos da PUC-SP protestam contra a violência da PM durante atos de segunda-feira

Foto: Lucas Martins / Jornalistas Livres
Escrito en BRASIL el
Estudantes entendem que ação da polícia, que teria atacado basicamente aqueles que se manifestavam a favor da continuidade do governo Dilma, foi responsável pela violência; eles cobram uma posição da reitoria sobre os incidentes Da Redação Alunos da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) fizeram uma manifestação na manhã desta terça-feira contra a violência cometida pela Polícia Militar na noite anterior. Segundo eles, a pretexto de evitar um confronto entre estudantes favoráveis e contrários ao impeachment, os policiais agrediram jovens que se manifestavam em defesa da democracia e contra a possibilidade de um golpe contra a presidenta Dilma Rousseff (PT). Nesta manhã, os estudantes se reuniram no campus e foram até a reitoria, para cobrar uma manifestação do comando da PUC-SP a respeito do episódio de violência policial. Eles lembram o papel importante que a universidade teve durante a resistência à ditadura militar, quando chegou inclusive a ter seu campus invadido pela polícia, em 1977. A reitora na ocasião, Nadir Gouvêa Kfouri, foi imediatamente ao local para proteger os alunos e se manifestou publicamente contra a ação policial. O então grão-chanceler da instituição, cardeal Paulo Evaristo Arns, retornou às pressas de uma viagem internacional para acompanhar os desdobramentos do episódio e defender os alunos e a reitora. Os manifestantes denunciam que, na noite anterior, os policiais chegaram para reprimir os estudantes e agrediram violentamente aqueles contrários ao impeachment, inclusive mulheres. A violência era apoiada pelo grupo favorável à interrupção do governo Dilma. Durante a ação, os policiais chegaram a jogar bombas de efeito moral para dentro dos prédios da instituição.