90 milhões caem para pobreza extrema após crise global

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O número de pessoas que passam fome pode chegar a aumentar em mais de 90 milhões neste ano, segundo relatório da ONU divulgado nesta segunda-feira. A causa do que representa um retrocesso de 20 anos de melhora nas condições de vida e declínio da pobreza são a crise global do capitalismo, que diminuiu a liquidez de recursos também para as ajudas internacionais dos países mais ricos.

O aumento representa 6% do número de famintos registrados atualmente. A falta de recursos também aumentará as doenças e a agitação social principalmente no hemisfério sul, conforme relatório intitulado "Relatório de Metas de Desenvolvimento do Milênio", apresentado em Genebra pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon.

G8
Moon chegou a apelar ao G-8 para ampliar a ajuda financeira aos países africanos no próximo ano. O grupo se reunirá em Áquila, centro da Itália, entre os dias 8 e 10 de julho. O grupo tem sido questionado por países considerados “em desenvolvimento”, principalmente pelo presidente Lula, que chegou a dizer, em viagem à Líbia, que o G-8 “não vale mais” como fórum representativo para discutir a crise.

Apesar de ter sido convidado para o segundo dia de discussões do grupo, Lula já está se articulando com o presidente francês, Nicolas Sarcoky, para defender conjuntamente o G20 como fórum mais adequado para discutir os rumos da economia global.

Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores brasileiro, chegou a declarar que os dois países querem criar um mundo multipolar e lamentou que existam "duas classes de cidadãos do mundo, uma primeira classe do G8 e uma segunda classe, que seriam os outros".

Lula e Sarkozy prometem escrever artigos em conjunto para a imprensa francesa defendendo também outras pautas em comum, como alternativas para a questão climática e a segurança alimentar.

Com informações de agências.