A luta dos moradores da Baía de Sepetiba (RJ) e o desenvolvimento econômico brasileiro

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Os moradores do entorno da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) estão acampados desde quinta-feira, 25, em frente ao Instituto Estadual do Ambiente (INEA), órgão responsável pelo licenciamento ambiental da empresa instalada na Baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro. Desde que a siderúrgica se instalou na zona oeste do Rio de Janeiro, moradores vêm apresentando os danos causados à saúde por uma fuligem (material particulado oriundo do processo produtivo siderúrgico da empresa). De acordo com o Observatório do Pré-sal, os moradores esperam um posicionamento do secretário Carlos Minc que, pela terceira vez seguida, não compareceu à audiência pública da Comissão Especial, instaurada na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), para apurar “possíveis irregularidades e imprevidências do governo do Estado e do Instituto Estadual do Ambiente – INEA – no processo de concessão de licenciamento ambiental” à CSA. Além dos danos à saúde da população, a instalação da CSA, joint venture da Vale e da Thyssenkrupp, vem causando problemas a atividade de pesca artesanal das comunidades atingidas. A situação está retratada neste vídeo abaixo – Desenvolvimento a ferro e fogo – produzido pelo Ibase. Estão previstos vários empreendimentos para a região, a maioria para exportação. O vídeo coloca em debate qual desenvolvimento econômico o Brasil terá. O território às margens da baía, numa região de mangues, concentrará empresas altamente poluidoras. E a população terá que sair de lá.