Acusados de torturar garoto negro em supermercado Extra são presos

Um dos seguranças acusado de torturar a vítima se apresentou no 89º DP na última sexta-feira (20) e deu as identidades de todos os envolvidos no crime

Foto: Reprodução/Redes sociais
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Nesta terça-feira (24), a polícia prendeu cinco dos seis acusados de torturar com choques elétricos um garoto negro no supermercado Extra do Morumbi, zona sul de São Paulo. Segundo a polícia, o crime teria ocorrido no começo de 2017. Um dos seguranças acusado de torturar a vítima se apresentou no 89º DP (Portal do Morumbi) na última sexta-feira (20) e deu as identidades de todos os envolvidos no crime. Com base no depoimento do segurança, a delegada Roberta Guerra Maransaldi solicitou a prisão temporária de 30 dias dos suspeitos. A Justiça as decretou nesta terça-feira. Foram presos o chefe de prevenção e perdas do supermercado, demitido após a repercussão das imagens feitas com o celular; dois funcionários; um ex-prestador de serviços, além do segurança que os entregou. O último suspeito, ex-vigia da unidade, está foragido. A sessão de tortura foi registrada por um celular e compartilhada nas redes sociais. No vídeo, a vítima é amordaçada e torturada pelos seguranças após furtar um pedaço de carne. Nas imagens, o homem aparece sentado e com as calças abaixadas. Então, os seguranças o obrigam a estender as mãos para levar choques elétricos e palmadas com uma vara. Uma ex-funcionária, que não quis ser identificada, revelou que prática é comum no local. No vídeo, as pessoas responsáveis pela tortura obrigam o homem a dizer: “Galera, não rouba mais aqui no Extra Morumbi” e “Eu errei e me ferrei”. Em seguida, os seguranças batem na mão dele duas vezes com um bastão de plástico, mesmo a vítima tremendo e aparentando desespero.