Prevent Senior: Advogada responsável por dossiê de médicos vai depor na CPI

Bruna Morato procurou a presidência da CPI e se ofereceu para depor, o que deve acontecer na terça ou quarta da semana que vem

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A advogada Bruna Morato, que trabalhou na produção do dossiê com denúncias de irregularidades no tratamento de pacientes com Covid na Prevent Senior, vai depor na semana que vem na CPI da Covid.

De acordo com informações do G1, Morato procurou a CPI e se ofereceu para depor em nome dos médicos que fizeram a denúncia contra a Prevent Senior.

O presidente da Comissão, o senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que o depoimento de Bruna Morato deve acontecer na terça ou quarta da semana que vem.

A Comissão recebeu um dossiê com uma série de denúncias de irregularidades que foi produzido por médicos e ex-médicos da Prevent.

Entre as várias denúncias, o dossiê afirma que a disseminação da cloroquina e outras medicações ineficazes contra a Covid-19 foi um acordo entre a rede hospitalar e o governo Jair Bolsonaro.

Diretor da Prevent Senior não conseguiu rebater denúncias

Pedro Benedito Batista Júnior, diretor-executivo da Prevent Senior, não conseguiu rebater as denúncias apuradas pela CPI do Genocídio, durante seu depoimento à comissão nesta quarta-feira (22), que tratam sobre o “estudo” feito com medicamentos sem eficácia contra a Covid em pacientes associados à operadora de saúde.

A opinião é do deputado federal e ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT-SP). Em entrevista à Fórum, o parlamentar classificou o caso como “o maior escândalo ético e médico da histórica da medicina brasileira”.

“Provavelmente ficará na história da bioética e da medicina como um dos maiores escândalos éticos depois da 2ª Guerra Mundial”, avalia.

Denúncias


Dossiê feito pela CPI do Genocídio com base em denúncias feitos por médicos que trabalhavam junto à operadora de Saúde dá conta de que a Prevent Senior teria ocultado mortes de pacientes com e sem o diagnóstico de Covid-19 que participaram de estudos sem base científica feitos para apontar uma suposta eficácia dos remédios do “kit covid”, como a hidroxicloroquina e a azitromicina.

Entenda como a Prevent Senior teria usado pacientes como cobaia para testar o “Kit Covid”

A CPI da Covid ouviu nesta quarta-feira (22) Pedro Benedito Batista Junior, diretor-executivo da empresa de plano de saúde Prevent Senior.

A rede hospitalar é acusada de utilizar pacientes como cobaias para a aplicação do “Kit Covid“. De acordo com a denúncia de um grupo de médicos da rede, tudo era feito sem o consentimento dos clientes.

Além disso, a CPI também quer saber se a Prevent Senior ocultou mortes de pacientes decorrentes do teste que eles estavam fazendo para testar hidroxicloroquina, associada à azitromcina para tratar a Covid-19.

A denúncia


Durante a abertura a da sessão da CPI da Covid do dia 26 de agosto, o senador Humberto Costa (PT-PE) revelou que um grupo de médicos está processando a Prevent Senior, pois, a direção da rede hospitalar teria obrigado os médicos a adotarem o chamado tratamento precoce. Quem se recusava, era demitido.

A Fórum teve acesso ao documento elaborado pelo gabinete do senador Humberto Costa a partir da denúncia de um grupo de 12 médicos que prestam serviço para a Prevent Senior e que ainda “desejam manter seu sigilo preservado”.

Segundo a denúncia, a política de coerção com relação as orientações e posições clínicas adotadas pela empresa é prática corrente da Direção da Prevent Senior.

“O gabinete teve acesso a mensagens de Whatsapp encaminhadas pelo Diretor Clínico, Dr. Roberto de Sá, aos médicos que trabalham na instituição lembrando dos conceitos de ‘lealdade’ e ‘obediência’ já expostos pela Prevent Senior no momento de contratação. Os profissionais de saúde que não se se submetem as diretrizes são punidos com a demissão”.

As experiências e o “Terceiro Reich”

Dentre os diversos relatos que a advogada descreve de clientes, o mais impactante foi de um coordenador cuja afirmação é que ele sentia como se participasse do Terceiro Reich. A terceira categoria de experiências tinha por objetivo desenvolver e testar medicamentos, bem como métodos de tratamento para enfermidades.

Os kits experimentais eram organizados assim: Hidroxicloroquina, Azitromicina, Ivermectina.

Além desses, outros medicamentos de uso desconhecido para o tratamento de pacientes com a síndrome respiratória aguda grave ocasionada pelo COVID19 também foram “experimentados” pela Rede Prevent Senior, são eles: Metotrexato, Flutamida, Etanercepte.

Além da utilização de medicamentos ineficazes para o tratamento de doentes acometidos pelo vírus COVID 19, alguns experimentos foram realizados, dos quais destacam-se: Tornar a heparina inalatória; Ozonioterapia; Imunoterapia.