“Eu vou colocar o meu terno e continuar a luta”, diz advogado agredido por policiais em Goiás

A OAB-GO fará um desagravo público em repúdio às agressões e pediu ao governo estadual “punição exemplar” dos agentes

Foto: Reprodução redes sociais
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Ao tentar defender um morador de rua que era agredido por policiais, o advogado Orcélio Ferreira Silvério Júnior foi algemado por policiais do Grupamento de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro), braço do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Goiás.

Após ser algemado e imobilizado, Orcélio é agredido com tapas na cara por um dos policiais.

A revista Fórum entrou em contato com o advogado que, muito abalado, afirmou que ainda não consegue falar sobre o que aconteceu.

"Eu não estou em condições da falar nesse momento, estou abalado psicologicamente", disse o advogado.

Apesar do seu estado emocional, ele afirmou que vai seguir com a luta. "Mas eu estou firme, eu vou colocar o meu terno e vou continuar a luta".

Além disso, Orcélio revelou que está "morrendo de vergonha por tudo o que aconteceu, da minha família, dos meus amigos".

Posteriormente, ele enfatizou que "atrás do terno tem um ser humano" e afirmou que precisa de um tempo para se recompor.

https://twitter.com/DallegraveNeto/status/1417989888402731008

OAB-GO fará desagravo público em repúdio às agressões sofridas por Orcélio

A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO) emitiu uma nota onde afirma que fará um desagravo público em repúdio às agressões sofridas pelo advogado Orcélio Ferreira Silvério Júnior.

“Tudo que estiver ao alcance da OAB-GO será feito para que haja a punição exemplar e para que situações como essa não se repitam nem com a advocacia e nem com a cidadania”, declarou Lúcio Flávio, presidente da OAB-GO.

Além disso, o presidente da AOB-GO esteve na Central de Flagrantes para prestar assistência ao advogado, durante exame de corpo de delito.

A OAB-GO oficiou à Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás, ao Comando da PM-GO, à Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Goiás, e à Promotoria de Justiça responsável pelo Controle Externo da Atividade Policial, exigindo o imediato afastamento dos responsáveis pela agressão.