Aécio cedeu aeronaves do governo de MG para voos de celebridades

Durante sua gestão à frente do estado, o hoje senador tucano solicitou o uso de aeronaves para deslocamento de políticos e personalidades como Luciano Huck, a dupla Sandy e Junior, Ricardo Teixeira e Roberto Civita

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Durante sua gestão à frente do estado, o hoje senador tucano solicitou o uso de aeronaves para deslocamento de políticos e personalidades como Luciano Huck, a dupla Sandy e Junior, Ricardo Teixeira e Roberto Civita Por Redação O jornal Folha de S. Paulo obteve, por meio da Lei de Acesso à Informação, registros do Gabinete Militar do governo de Minas Gerais mostrando que aeronaves do estado foram cedidas, mesmo sem a presença do então governador, Aécio Neves (PSDB), nas viagens, para o deslocamento de políticos e celebridades. A relação tem um total de 1.423 voos realizados entre janeiro de 2003 e março de 2010 e, destes, em 198 nem Aécio e nem outras pessoas investidas de cargos autorizados pela legislação para seu uso, como o vice-governador,  secretários e o presidente da Assembleia Legislativa, estavam presentes. A legislação que regula o uso de aviões oficiais em Minas data de 2005, e o decreto e a resolução que a instituíram foram assinados pelo próprio tucano. Dois dos voos foram usados em 2004, antes da atual legislação entrar em vigor, e ambos levavam Luciano Huck, apresentador da Globo e amigo pessoal de Aécio, e um deles também tinha a dupla Sandy e Júnior, que gravava então um quadro para o programa do apresentador global. Em 2003, o ex-executivo da Rede Globo José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, utilizou também aeronave do estado. Entre outras personalidades que fizeram voos oficiais, já com a atual legislação em vigor, estão o falecido presidente do grupo Abril, Roberto Civita, que utilizou um helicóptero cedido pelo governo de Minas dois dias antes de Aécio deixar o governo no ano de 2010, e o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira, que utilizou helicóptero oficial três vezes e um jato em outras três ocasiões, entre 2006 e 2009. De acordo com o jornal, a assessoria de Aécio comentou que a legislação estabelece apenas diretrizes, sendo que os voos foram regulares e atenderam aos interesses do estado.