O referendo deu a vitória ao "não" com 61,3% dos votos e o instituto Public Issue publica agora um estudo sobre esses eleitores. O oxi foi mais popular entre as mulheres (62,3%, contra 60,2% nos homens) e entre os jovens, atingindo os 85% até aos 24 anos e os 72,3% na faixa dos 25 aos 34 anos. A vantagem do oxi mantém-se a partir desta idade, com 67,4% dos 35 aos 44, 69,2% dos 45 aos 54 e 59,4% dos 55 aos 64 anos. Apenas a partir dos 65 anos, a faixa etária mais afetada pelo encerramento dos bancos, o "não" perdeu o referendo, com 44,9% dos votos, indica este estudo.
O "não" bateu o "sim" em todos os níveis de educação e no que diz respeito às profissões só foi derrotado entre os pensionistas e os profissionais liberais. O apoio ao oxi entre os desempregados atingiu os 72,9%. Como seria de esperar, ao contrário do que a propaganda dizia nos dias anteriores ao referendo, os inquiridos que dizem passar por dificuldades financeiras foram os que deram mais força à recusa do ultimato do Eurogrupo que previa uma dose reforçada de austeridade.
Em relação ao posicionamento político, o estudo diz que 87,3% dos que votaram no Syriza em janeiro votaram oxi este domingo. A surpresa é que o apoio ao "não" dos eleitores do Syriza é seguido de perto pelo dos eleitores do KKE (Partido Comunista da Grécia), com 86,9%, que escolheram o "não" em vez do voto nulo recomendado pela direção do partido. Seguem-se os eleitores dos Gregos Independentes, com 78,5% de voto oxi e os da Aurora Dourada, com 77,3%. Entre os partidos que apoiaram o "sim", a maior dissidência veio dos eleitores do Potami, com 22,4% a escolher o "não".
(Foto: Marios Lolos)