Al-Qeada pede que Isis liberte refém britânico

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Jornal britânico afirma que grupo formado por Osama bin Laden teria pedido a libertação de Alan Henning, por seu sequestro ser "contrário à lei islâmica e contra-produtivo" Por Redação

Notícia publicada nesta segunda-feira (15) pelo britânico The Independent afirma que quatro dias após o sequestro de Alan Henning – identificado como a próxima vítima do Isis em último vídeo liberado pelo grupo –, um líder do Jabhat al-Nusra, "filial" da al-Qaeda na Síria, foi falar diretamente com os sequestradores membros do Estado Islâmico-Isis. O líder teria alertado sobre os riscos de um ato deste tipo, por ser "apenas um voluntário inocente".

Alan Henning era taxista na cidade de Manchester e pai de dois filhos, e foi para a Síria através de uma organização de voluntariado denominada "Aid 4 Syria". O britânico estava em sua quarta viagem quando foi raptado um dia depois do natal de 2013, em Al Dana, perto da fronteira com a Turquia.

A fonte do jornal foi Bilal Abdul Kareem, documentarista norte-americano que afirma ter conversado com o suposto mediador do al-Nusra, que exigiu a libertação de Henning: "Olha, o que você está fazendo é errado. Você não tem o direito de sequestrá-lo [Henning]. Você não está certo em detê-lo apenas porque ele não é muçulmano".

Verificações a respeito do suposto pedido ainda são necessárias, uma vez que "misericórdia" para com ocidentais nunca esteve dentro dos requisitos para se integrar um grupo terrorista islâmico. Principalmente pela última fala da matéria, que de acordo com Afzal Ashraf, um especialista em ideologia terrorista, "os assassinatos de ocidentais inocentes mostram o quão incompreensíveis são as estratégias do Isis".

Para o especialista, tal estratégia de matar inocentes é tão absurda que até a al-Qaeda percebeu que pode "afastar potenciais recrutas".