Alexandre Garcia destila ignorância e machismo ao comentar notícia sobre estupro: "E eu com isso?"

(Foto: Reprodução TV)
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O jornalista da TV Globo, mais uma vez, usou as redes sociais para fazer pouco caso com a luta das mulheres ou de outras minorias ao ironizar uma manchete sobre a revelação da atriz norte-americana Jane Fonda de que foi estuprada quando criança, como se isso não fosse notícia. Garcia, um dos jornalistas mais "prestigiados" da emissora dos Marinho, tem largo histórico de falas preconceituosas e machistas Por Redação Um jornalista que influencia diariamente a opinião de milhares de pessoas usou as redes sociais para deslegitimar uma agressão contra uma mulher. Este jornalista é Alexandre Garcia, da TV Globo, que fez pouco caso do abuso sexual sofrido pela atriz norte-americana Jane Fonda quando criança. Na noite desta quinta-feira (2), Garcia, pelo Twitter, comentou uma notícia do Estadão cuja manchete diz: "Jane Fonda revela ter sido estuprada quando menina". Alexandre, como jornalista, mais do que ninguém, deveria saber que a revelação de um abuso sexual infantil, ainda mais vindo de uma pessoa com visibilidade pública como Jane Fonda, é notícia, sim. Mas não foi dessa maneira que ele reagiu. Pelo contrário, ironizou. "E eu com isso?", respondeu. [caption id="attachment_98891" align="aligncenter" width="461"]garciatweet Reprodução/Twitter[/caption] Internautas não perdoaram e criticaram a atitude do jornalista. "Rapaz. Atriz famosa e respeitada joga luz num assunto importante fazendo um relato e o que o senhor tem a dizer é isso?", questinou um de seus seguidores. Alexandre Garcia tem largo histórico em atitudes e falas que vão do preconceito racial ao machismo. No ano passado, por exemplo, ao comentar uma matéria sobre cotas, afirmou que os alunos cotistas de uma instituição “não possuem méritos” para ocupar a vaga. Para o jornalista, esses alunos e alunas estariam lá por “pistolão”. Entre outros casos, neste ano, mês passado, disse que "feminicídio é invenção de quem pensa que homicídio é matar ‘hômi’”.