Angelina Jolie sobre crise de refugiados: "O modo pelo qual vamos atuar agora confirmará que tipo de países somos"

Atriz, que é embaixadora da Acnur desde 2001, enviou uma carta a jornal britânico defendendo a via diplomática para combater as origens da crise humanitária. "Devemos ver isso [a crise dos refugiados] pelo que é - parte de uma crise mais ampla de governança global"

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Atriz, que é embaixadora da Acnur desde 2001, enviou uma carta a jornal britânico defendendo a via diplomática para combater as origens da crise humanitária. "Devemos ver isso [a crise dos refugiados] pelo que é - parte de uma crise mais ampla de governança global" Por Redação A atriz Angelina Jolie, embaixadora da Organização das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), desde 2001, fez sua análise a respeito da atual crise de refugiados que assola a Europa por meio de uma carta publicada no jornal The Times, bastante crítica à posição política dos governos europeus. Intitulado "Não culpe os refugiados por buscarem uma vida melhor", o texto, também assinado pela baronesa britânica Arminka Helic, defende a via diplomática para combater as origens desta crise, ressaltando a importância de receber os refugiados, mas também destacando que isso por si não resolve a questão. "Por mais que possamos acolher os refugiados em nossas costas, o problema vai crescer enquanto o conflito na Síria continuar (...) Não podemos resolver [a crise] simplesmente acolhendo refugiaods, nós precisamos achar um caminho diplomático para resolver o conflito." Jolie acredita que a unidade diplomática é necessária para enfrentar um "desafio sem precedentes", e que o contexto sírio faz parte de algo maior. "Devemos ver isso [a crise dos refugiados] pelo que é - parte de uma crise mais ampla de governança global. Nos últimos dez anos o número de pessoas deslocadas à força em todo o mundo dobrou para 60 milhões. É insustentável e muito além da capacidade que as organizações humanitárias internacionais tem para gerenciar." "Esta não é a primeira crise de refugiados que ocorre, e não vai ser a última. Da Europa até a América, nossos países se baseiam na tradição de ajuda a refugiados, desde a 2º Guerra Mundial até a crise dos Balcãs nos anos noventa. O modo pelo qual vamos atuar agora confirmará que tipo de países somos, a profundidade de nossa humanidade e a força de nossas democracias", avalia. Foto: http://www.flickr.com/photos/foreignoffice/14217374639/