A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o Instituto Butantan a importar matéria-prima pata fabricar a CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac. A liberação foi concedida nesta quarta-feira (28).
Na semana passada, em meio a guerras de declarações sobre as vacinas entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o presidente do Butantan, Dimas Covas, disse que a liberação do material estava sendo retardada.
A CoronaVac está em testes em voluntários no Brasil em conjunto com o Butantan. O instituto deverá produzir a vacina no país.
Mas a Anvisa ressaltou no voto que essa liberação não implica autorização para que a vacina seja aplicada nos brasileiros. E ainda escreveu que, caso o imunizante não obtenha registro, o Butantan será responsável por destruir o produto.
Guerra das vacinas
Na semana passada, o Ministério da Saúde chegou a anunciar que, se a CoronaVac fosse aprovada, ela seria comprada pela pasta. Mas Bolsonaro disse no dia seguinte que seu governo não compraria a “vacina chinesa de Doria”.
O tucano tem anunciado todas as etapas e evoluções do desenvolvimento da CoronaVac e assinou a intenção de compra de 46 milhões de doses.
Bolsonaro tem manifestado preferência pela vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca. Com isso, uma “guerra” se instaurou em torno do tema.
O titular do Planalto não quer que o produto associado ao rival político tenha mais sucesso, ou eficácia primeiro do que o que ele escolheu.