Anvisa proíbe venda de todas as cervejas produzidas pela Backer

Decisão foi tomada depois que os resultados laboratoriais divulgados pelo Ministério da Agricultura revelaram a presença das substâncias dietilenoglicol e monoetilenoglicol em 8 marcas de cervejas produzidas pela Backer

Marcas da cervejaria Backer (Divulgação)
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta sexta-feira a interdição de todas as cervejas produzidas pela Backer com data de validade a partir de agosto de 2020. Com a medida, ficam proibidas as vendas dos produtos da cervejaria artesanal mineira, responsável pela fabricação da Belorizontina, que teria sido contaminada causando a morte de ao menos 4 pessoas por síndrome nefrorenal. A decisão foi tomada depois que os resultados laboratoriais divulgados pelo Ministério da Agricultura revelaram a presença das substâncias dietilenoglicol e monoetilenoglicol em 8 marcas de cervejas produzidas pela Backer. Para a Anvisa, é possível que a presença da substância não seja um caso pontual. Como outros lotes da cerveja podem estar contaminados, a agência decidiu pela interdição em caráter cautelar. Mortes A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou nesta quinta-feira (16) a quarta morte por suspeita de intoxicação por dietilenoglicol, presente na cerveja Belorizontina, da Cervejaria Backer. Um desses casos, no entanto, ainda está sob investigação. A nova vítima é um homem de 89 anos que também apresentou sintomas da síndrome nefroneural, causada pela substância. O idoso estava internado no Hospital MaterDei, no centro-sul de Belo Horizonte. Ainda há pelo menos outros 13 pacientes internados sob suspeita de intoxicação pela mesma substância, presente em três lotes da Belorizontina. O componente químico é utilizado em fábricas de cerveja para evitar que os líquidos congelem ou evaporem, mas é tóxica. Sabotagem A Backer pode ter sido vítima da fornecedora de monoetilenoglicol, substância usada na fabricação. Segundo a rádio Itatiaia, um ex-funcionário que trabalhou por dez meses na fornecedora disse à polícia que tem provas de que o monoetilenoglicol era misturado ao dietilenoglicol, mais barato e responsável pela contaminação. A polícia já está investigando a possibilidade no galpão da fornecedora.  

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