Ao reconhecer o derrotado Guaidó, Almagro vira piada no Twitter

Secretário-geral da OEA decidiu não aceitar o resultado da votação da Assembleia Nacional da Venezuela, e assim como reconheceu a ditadora boliviana Jeanine Áñez, também decidiu reconhecer Guaidó como “presidente reeleito” da Assembleia Nacional, apesar dele sequer ter participado da sessão oficial que elegeu a nova Mesa Diretora

Foto: Reprodução Twitter
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O secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro, é conhecido por suas posições sempre escancaradamente favoráveis aos interesses dos Estados Unidos. Por isso, no caso dos assuntos envolvendo a Venezuela, também costuma se colocar a favor dos mais agressivos setores antichavistas, como o que hoje é representado pelo deputado Juan Guaidó, que perdeu a presidência da Assembleia Nacional neste domingo (5), ao ser derrotado por uma coalizão de opositores mais moderados ao governo do presidente Nicolás Maduro. Contudo, Almagro decidiu não aceitar o resultado da votação da Assembleia Nacional da Venezuela, e assim como reconheceu a ditadora boliviana Jeanine Áñez – apesar de sua designação, forçada pelos militares, não contar com o quórum mínimo do Congresso daquele país –, neste caso venezuelano ele também decidiu reconhecer Guaidó como “presidente reeleito” da Assembleia Nacional, apesar dele sequer ter participado da sessão oficial que elegeu a nova Mesa Diretora. A partir dessa declaração, choveram comentários críticos a essa posição de Almagro. Muitos deles acusam a OEA e seu secretário-geral de se prestarem a um papel ridículo, ao confiar novamente no relato de Guaidó. Entre as várias respostas, uma delas afirma que o diplomata uruguaio "está mais demente que Trump", e outra brinca, dizendo que Guaidó "já é quase o novo Pato Donald da Disneylândia". Apesar da reação de Almagro e Guaidó, a Assembleia Nacional venezuelana elegeu o deputado opositor Luis Parra, ex-integrante do partido Primero Justicia, com 81 dos 104 deputados presentes. Os demais membros da Mesa Diretora também são todos opositores, porém descontentes com Guaidó. Não um membro sequer que seja aliado ao chavismo. Vale lembrar que o Legislativo venezuelano é composto por 167 deputados, e o quórum mínimo para realizar a sessão é de 84. Ademais, bastavam 76 votos para confirmar a eleição da nova diretoria.