Aplicativo Tubby surpreende e protesta contra objetificação do ser humano

Vídeo ressalta aspecto sexista, machista e heteronormativo de aplicativos que avaliam pessoas de sexo oposto

Coreano se passa por investidor, mas pede que as pessoas tenham respeitem a privacidade (Reprodução)
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Vídeo ressalta aspecto sexista, machista e heteronormativo de aplicativos que avaliam pessoas de sexo oposto Por Redação [caption id="attachment_37557" align="alignleft" width="420"] Coreano se passa por investidor, mas pede que as pessoas tenham respeito à privacidade (Reprodução)[/caption] Marcado para ser lançado nesta sexta-feira (6), o aplicativo Tubby divulgou um vídeo no Youtube onde anuncia fazer parte de uma campanha contra a objetificação do ser humano. Durante a madrugada, a equipe do programa divulgou um vídeo ressaltando o aspecto sexista, machista, heteronormativo e cruel desse tipo de aplicativo. A campanha foi feita com o apoio de integrantes dos blogs Não Salvo e cuboX. A mensagem passada, no entanto, não é óbvia. No vídeo, um coreano se identifica como investidor e, de acordo com a legenda, revela detalhes do Tubby e fala sobre os problemas que enfrentaram para ser lançado. Tudo não passa de uma pegadinha. Ao acionar as legendas oficiais do Youtube em coreano (clicar em legenda oculta embaixo à direita e ativar), a mensagem passada é diferente da que consta no vídeo. “Pessoas não são objetos, e a intimidade de um relacionamento, por pior que tenha sido, não deve ser exposta dessa forma”, diz o coreano. A campanha ainda chama a atenção para as graves consequências desse tipo de exposição, como nos recentes casos de divulgação indevida de material íntimo na internet. "Esse tipo de aplicativo pode até ser 'mera brincadeira', mas dão (sic) as ferramentas para pessoas anonimamente fazerem estragos na imagem pública das outras, caso ainda mais grave nos dias atuais em que observamos intimidades filmadas por ex-namorados vazando na rede e tendo repercussões drásticas." O Tubby foi lançado após o sucesso do Lulu, aplicativo que permite que mulheres avaliem homens. Entretanto, enquanto o primeiro permite dar notas em aspectos de aparência, humor, educação, ambição, compromisso, beijo e sexo, o outro prometia analisar o desempenho sexual das mulheres.  Ainda assim, os dois foram criticados por terem conteúdo machista e heteronormativo. O aplicativo Tubby chegou a ser proibido pela Justiça de Minas Gerais de ser lançado no Brasil, visto que incitava a violência contra a mulher. A decisão foi feita com base na Lei Maria da Penha a pedido de organizações feministas. Caso a equipe descumprisse a regra, uma multa diária de R$ 10 mil seria imposta. Nas redes sociais, internautas estão criticando o vídeo, alegando que só fizeram isso porque foram barrados pela justiça.
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