O apoio de Arthur Lira (PP-AL) à proposta defendida pelos bolsonaristas Luciano Hang, o veio da Havan, e Carlos Wizard, fundador da rede de escolas de inglês, de permitir que empresas comprem vacinas para imunizarem os funcionários teria irritado um grupo de empresários que embasaram sua candidatura à presidência da Câmara. Eles trabalham para 100% das vacinas compradas por empresas sejam doadas para distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O projeto que privatiza as vacinas - dando possibilidade que 50% dos imunizantes comprados fiquem com as empresas - foi aprovado na câmara nesta terça-feira (6) por 317 votos a favor e 120 contra. Apesar de PT e PDT orientarem voto contrário, um deputado petista e um terço da bancada pedetista votou a favor. Marília Arraes (PT-PE) se absteve.
Empresários críticos à proposta teriam mandado recado a Lira, afirmando que não são bolsonaristas radicais que vão elegê-lo para um próximo mandato. Segundo eles, não pode haver "fura fila" em razão de haver grupos prioritários na vacinação. A informação é de Bela Megale, na edição do jornal O Globo desta quarta-feira (7).