Após bradar contra corrupção no dia 15, Agripino será investigado pelo mesmo motivo

STF autorizou abertura de inquérito para investigar se o senador cometeu crime de corrupção passiva. Presidente do DEM e coordenador de campanha de Aécio Neves à presidência foi acusado em delação premiada de ter recebido R$ 1 milhão em propina

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STF autorizou abertura de inquérito para investigar se o senador cometeu crime de corrupção passiva. Presidente do DEM e coordenador de campanha de Aécio Neves à presidência foi acusado em delação premiada de ter cobrado R$ 1 milhão em propina Por Redação A ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu abrir inquérito para investigar o senador potiguar José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, após pedido encaminhado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no final de fevereiro. O Ministério Público Federal vai apurar se o parlamentar cometeu o crime de corrupção passiva, em processo que corre em sigilo de justiça. Agripino foi citado na delação premiada do empresário George Olímpio, veiculada no programa Fantástico, da TV Globo, em 22 de fevereiro. Segundo o executivo, em 2010, o senador teria pedido propina de R$ 1 milhão para permitir esquema de corrupção no serviço de inspeção veicular do Rio Grande do Norte. O fato é citado em conversa entre Olímpio e o já falecido ex-senador João Faustino, cujo áudio foi divulgado pelo Ministério Público.

Agripino, entretanto, parece pouco preocupado com as denúncias que envolvem seu nome. Ele, que foi coordenador da campanha de Aécio Neves (PSDB-MG) à presidência da República, esteve presente nas manifestações do último dia 15 contra a presidenta Dilma Rousseff (PT). Pelas ruas de Brasília, bradou contra a corrupção. "Era preciso vir para ver e ouvir o que ouvi. Hoje, nós brasileiros fizemos nossa democracia crescer perante o mundo”, disse, à ocasião.

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(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)