Após grupo armado tomar hotel, polícia do Mali invade prédio e liberta parte dos reféns

Reféns estão no sétimo andar do hotel Radisson Blu, em área de embaixadas na capital Bamaco; segundo CNN, há 3 mortos

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Reféns estão no sétimo andar do hotel Radisson Blu, em área de embaixadas na capital Bamaco; segundo CNN, há 3 mortos

Do Opera Mundi

Um grupo armado invadiu nesta sexta-feira (20/11) o hotel de luxo Radisson Blu em Bamaco, capital do Mali, e fez 170 reféns no local. Após a invasão, a polícia atacou o prédio e libertou parte dos reféns – 80, segundo a TV estatal malinesa. De acordo com a emissora norte-americana CNN, há pelo menos três mortos.

Às 10h da manhã em Brasília (14h em Bamaco), o hotel Radisson Blu reportava que 124 hóspedes e 13 funcionários ainda estavam dentro do local.

Entre os reféns, estão estrangeiros que compareceriam a um congresso da Organização Internacional da Francofonia e os participantes de um encontro previsto para amanhã na capital malinesa sobre novas tecnologias.

Reféns que já foram libertados disseram à polícia terem ouvido os membros do grupo, que se diz jihadista, conversarem entre si em inglês.

O ataque começou por volta das 7h30 locais (5h30 em Brasília) desta manhã quando pelo menos quatro pessoas a bordo de um veículo, com placa diplomática, se aproximaram ao hotel e começaram a atirar contra os guardas, deixando duas pessoas gravemente feridas e outras duas com ferimentos leves, enquanto o restante dos guardas fugiu.

Os atiradores logo depois conseguiram entrar no hotel, que hospeda pelo menos 170 pessoas, a maioria estrangeiros, e é considerado o mais seguro da capital, situado em uma região de luxo com resorts, bancos, bares e restaurantes, assim como as embaixadas de Estados Unidos, Espanha e Tunísia.

Um observador, que pediu o anonimato, vinculou, em declarações à Agência Efe, o tiroteio de hoje e as ameaças feitas na semana passada pelo líder do grupo radical Ansar Eddín, Iyad Ag Ghali, que recusou o acordo de paz entre malineses e pediu a seus seguidores que "continuem a jihad contra as forças estrangeiras", especialmente as francesas.

A França, por sua vez, anunciou o envio "imediato" de especialistas em terrorismo para o Mali, assim como os Estados Unidos. O país africano foi colonizado pelos franceses no século XX, e Paris ainda exerce bastante influência na política local.

(Foto: Reprodução/ORTM TV)