Após protestos, Sérgio Cabral elevou gastos com propaganda em 240%

"Esforço" de comunicação do governo do Rio se Janeiro não foi capaz de blindar a imagem do governador que, em pesquisa CNI/Ibope, foi aprovado apenas por 12% dos entrevistados

Mesmo com elevação dos gastos em publicidade, Cabral viu a aprovação ao seu governo cair para 12% após protestos (Foto: Fernando Frazão/ABr)
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"Esforço" de comunicação do governo do Rio se Janeiro não foi capaz de blindar a imagem do governador que, em pesquisa CNI/Ibope, foi aprovado apenas por 12% dos entrevistados 

Da Redação 

[caption id="attachment_29630" align="alignleft" width="300"] Mesmo com elevação dos gastos em publicidade, Cabral viu a aprovação ao seu governo cair para 12% após protestos (Foto: Fernando Frazão/ABr)[/caption]

Após a onda de protestos que tomou diversas grandes capitais do país, o governador Sérgio Cabral elevou os gastos com propaganda do governo estadual do Rio de Janeiro. Em julho, mês seguinte das maiores manifestações, Cabral empenhou R$ 27,9 milhões em publicidade. De acordo com levantamento realizado pelo jornal O Estado de S.Paulo, o investimento é 240% maior que a média de gastos nesta área nos seis meses anteriores.

Se comparado com julho de 2012, os gastos com publicidade do governo fluminense no mesmo período deste ano também foram significativamente superiores. Em julho deste ano, Cabral gastou 39,5% a mais do que no mesmo mês do ano passado. Em relação a média de gastos em publicidade nos seis primeiros anos de 2012, o aumento em julho ficou em 127,38%, pouco mais da metade dos 240% registrados em 2013.

Os recursos destinados para propaganda do governo do Rio de Janeiro, até o fim de julho, foram destinados para as agências Artplan (R$ 12,9 milhões), Novas/B. (R$ 16,5 milhões), PPR (R$ 12,1 milhões), Binder + FC (R$ 13,2 milhões), DPZ (R$ 16 milhões), Agnelo Pacheco (R$ 11,2 milhões) e MKT Plus (R$ 11,2 milhões). O governo fluminense ainda gastou em julho R$ 55 milhões em eventos e assessorial.

Em nota, o governo estadual do Rio de Janeiro nega qualquer anormalidade com as despesas em publicidade em julho e argumenta que mais pagamentos em um mês nem sempre são resultado de "produtos de comunicação gerados naquele mês". O executivo afirma ainda não ser novidade o acumulado das despesas com publicidade desde 2007. "Nesses seis anos e sete meses de governo foram realizadas campanhas de toda a natureza, tais como a da Operação Lei Seca, prevenção à gravidez precoce, divulgação do Bilhete Único, divulgação das UPPs, dentre outras”.

Apesar da elevação dos gastos em publicidade no mês seguinte a maior onde de protestos, o “esforço” de comunicação não foi suficiente para blindar a imagem do governador Sérgio Cabral. De acordo com pesquisa CNI/Ibope, divulgada no final de julho, apenas 12% dos entrevistados consideram o governo de Cabral como ótimo ou bom, 36% consideram regular e 50% ruim ou péssimo. Outros 2% dos entrevistados não sabiam ou não quiseram responder a questão. E o governador continua no foco dos protestos na capital fluminense.

Com informações do jornal O Estado de S.Paulo.