Aposentada é condenada a quatro anos de regime semiaberto por injúrias raciais

Episódio aconteceu em novembro de 2012, quando Davina Castelli, dentro de uma farmácia paulistana , pediu para ser atendida por uma pessoa branca

Escrito en DIREITOS el
Episódio aconteceu em novembro de 2012, quando Davina Castelli, dentro de uma farmácia paulistana , pediu para ser atendida por uma pessoa branca Por Redação [caption id="attachment_43020" align="alignleft" width="300"] Aposentada se recusou ser atendida por uma pessoa negra e declarou que os "macacos (pessoas negras) devem voltar pra floresta"[/caption] Davina Castelli, 72, foi condenada na última quarta-feira (19) a quatro anos de prisão em regime semiaberto por conta de injúrias raciais proferidas contra três pessoas no Top Center, shopping localizado na Avenida Paulista (SP), em novembro de 2012. A cena aconteceu dentro de uma farmácia do shopping, quando Davina pediu para ser atendida por alguém de “sua cor”, no caso, branca. “Macaca, eu não gosto de negro; negro é imundo; a entrada de negros no shopping deveria ser proibida; odeio negros, negros são favelados”, proferiu Castelli. As ofensas racistas foram ditas para a corretora Karina Chiaretti, a vendedora Suelen Meirelles e o supervisor predial Alex Marques da Silva, que estavam na farmácia no momento em que Castelli pediu para ser atendida por uma pessoa branca. Cada um deles será indenizado em R$ 28.960 por danos morais. Giovana de Oliveira, juíza responsável pelo caso, determinou que Davina Castelli fosse presa imediatamente, porém, ela ainda não foi localizada e também não recebeu o oficial de justiça. Quando depôs à polícia à época, Castelli negou ter ofendido as pessoas. Porém, segundo seus vizinhos, é comum ela ofender negros e nordestinos. Uma das denunciantes, Karina Chiaretti, declarou que a polícia que não queria levar adiante o caso e que este só foi adiante quando o seu tio, Hélio Santos, ativista do movimento negro, entrou em contato com o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Chiaretti e Marques da Silva ainda reclamam de que o shopping foi omisso, pois, segundo as vítimas, “todo mundo escutou os xingamentos racistas e ninguém fez nada". A Defensoria Pública entrou com habeas corpus para que Davina Castelli possa recorrer em liberdade.