Argentina: Arquivo de Direitos Humanos negligenciado por Macri é encontrado em decomposição

Ministério da Defesa encontrou várias pastas do Arquivo de Direitos Humanos e Direito Internacional Humanitário abandonadas no subsolo do edifício, em uma sala que estava parcialmente inundada, com vidros quebrados e com a presença de ratos e baratas

O ex-presidente da Argentina, Maurício Macri (Arquivo)
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Uma auditoria realizada no Edifício Libertador, do Ministério da Defesa da Argentina, encontrou boa parte do arquivo de Direitos Humanos e Direito Internacional Humanitário abandonada em uma sala no subsolo que apresentava diversos problemas: estava parcialmente, com vidros quebrados e a presença de algumas pragas. Segundo o ministro Agustín Rossi, “nos encontramos com este lugar destinado ao arquivo, que tinha mais de dez centímetros de água, uma goteira que parece ser de bastante tempo, caixas de documentação jogadas no chão e umedecidas, entre ratos, baratas e outras pestes, também vidros quebrados e outros materiais perigosos. Tememos que alguns desses documentos já estejam irrecuperáveis pela ação da água e das pragas”. Os arquivos resgatados contêm informes administrativos relativos aos anos da ditadura argentina (1976-1983). O ministro também assegurou que será realizado “um trabalho de recuperação, porque ainda não se pode dizer que as informações estão perdidas, mas pretendemos evitar isso, porque se trata de informação que pode ser solicitada pela Justiça, ou por alguma pessoa, em determinado momento”. Sobre as responsabilidades a respeito do tema, Rossi criticou o governo de Mauricio Macri pela situação na que se encontraram as pastas. “É surpreendente a negligência do governo anterior com um acervo tão importante para a história do país”, afirmou o ministro, que culpou tanto o ex-presidente quando o seu antecessor no Ministério, Oscar Aguad.