Assustado?: Véio da Havan torna privados 13 vídeos em defesa do “tratamento precoce”

Empresário bolsonarista bloqueou acesso às imagens de seu canal nas quais dá apoio entusiasmado ao uso de medicamentos sem comprovação científica para Covid-19. Estaria ele preocupado em ser responsabilizado pelos conteúdos?

Luciano Hang, o Véio da Havan/YouTube (Foto: Youtube/Reprodução)Créditos: Reprodução de Vídeo
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Luciano Hang, empresário de Santa Catarina e aliado de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro, conhecido pela alcunha de Véio da Havan, restringiu o acesso a vários vídeos de seu canal no YouTube, nos quais fazia propaganda do tal “tratamento precoce”, que é o uso de medicamentos sem qualquer comprovação de eficácia no tratamento ou profilaxia da Covid-19.

No total, 13 publicações do bolsonarista foram alteradas para o formato “privado”, ou seja, que não podem ser visualizadas por qualquer usuário da plataforma de vídeos mais famosa do mundo.

“Tratamento Precoce tem Nota Técnica”, “Como o Tratamento Precoce está sendo aplicado em Brusque”, “Como o colaborador Rogério venceu o Coronavírus” e “Prevenção e Tratamento Precoce da COVID-19” são apenas alguns dos títulos de vídeos em que Hang fala entusiasmado sobre a prática, que é rechada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e por autoridades científicas e sanitárias de todo o planeta, uma vez que já foi comprovado em pesquisas criteriosas a ineficácia do uso de tais medicamentos, que inclusive podem provocar graves efeitos colaterais e até a morte do paciente.

O tal “tratamento precoce” tem sido a principal bandeira de Jair Bolsonaro no enfrentamento à mais devastadora pandemia do último século, em que pese todas as evidências científicas de que a medida não é eficaz para os casos de contaminação pelo Sars-Cov-2, tampouco para prevenir a contaminação pelo vírus.

Com o avanço nas investigações da CPI do Genocídio no Senado Federal, que tem procurado encontrar os financiadores da política de morte imposta pelo governo federal durante a pandemia, muitos dos convocados ou convidados a depor em Brasília têm sido questionados sobre sua postura de incentivo ao uso de medicamentos sem comprovação científica, além de serem admoestados pelos parlamentares da comissão sobre uma futura responsabilização criminal por recomendar o referido “tratamento”.

Estaria, então, Luciano Hang preocupado com possíveis imputações criminais em decorrência de seu alinhamento incondicional a Jair Bolsonaro, que engloba também o incentivo ao uso de Cloroquina e Ivermectina?