Até aliados de Lira já atuam para barrar Bia Kicis na presidência da CCJ

A estratégia é agir para que deputados da própria comissão, a mais importante da casa, contrariem a indicação, que precisa ser referendada pelo colegiado

Bia Kicis e Eduardo Bolsonaro - Luis Macedo/Câmara dos Deputados)
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Bolsonarista ferrenha e investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito que investiga a milícia digital que propaga fake news e discursos de ódio, Bia Kicis (PSL-DF) vai enfrentar resistência até mesmo de deputados aliados a Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, para assumir o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Segundo informações de Thais Arbex, na CNN Brasil, deputados que apoiaram a eleição de Lira se articulam para barrar que Bia Kicis assuma a presidência, caso o presidente da Câmara oficialize a indicação.

A estratégia é agir para que o deputados da própria comissão contrariem a indicação, que precisa ser referendada pelo colegiado.

Kicis é uma das parlamentares mais polêmicas da casa. Na tribuna, já defendeu uma intervenção das Forças Armadas pelo fechamento do Congresso Nacional, é negacionista de primeira linha durante a pandemia, foi contrária ao Fundeb e ainda é alvo do Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito sobre financiamento a atos antidemocráticos.

A parlamentar foi muito criticada no mês de janeiro por ter sido uma das principais figuras a pressionarem pelo fim do lockdown de Manaus. Dias depois, a capital do Amazonas viveu a tragédia da falta de oxigênio.