Atiradores de Suzano treinaram clandestinamente em estande. Com decreto de Bolsonaro fica liberado

O conselheiro do Condepe, Ariel de Castro Alves, afirma que, com a chancela do Governo, novos massacres virão sob o lema ‘Deus acima de todos!’”

Montagem: Viomundo
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De acordo com Ariel de Castro Alves, advogado, especialista em direitos da infância e juventude e conselheiro do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), os dois adolescentes suspeitos do massacre de Suzano, Guilherme Taucci e  Luiz Henrique de Castro, “ingressaram clandestinamente, sem autorização judicial, por falha do estande de tiro do Shopping Tatuapé, e treinaram para o Massacre de Suzano”. O conselheiro alerta que, a partir de “agora o governo está liberando, por decreto, crianças e adolescentes (0 a 18 anos) para utilizarem armas de fogo nos clubes e estandes de tiro, bastando uma autorização do pai, mãe ou responsável, que pode ser facilmente falsificada a assinatura”. “E com a chancela do Governo novos massacres virão sob o lema ‘Deus acima de todos!’”, lamenta Ariel. Relembre A Folha de S.Paulo informou, em março, que cinco dias antes do massacre na escola estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, o atirador Guilherme Taucci, 17, e o jovem de 17 anos apreendido como terceiro suspeito de planejar o crime foram até um estande de tiros e treinaram disparos com armas airsoft e arco e flechas. Um vídeo mostra os dois recebendo instruções de um funcionário na loja Clube da Mira, no Shopping Tatuapé, na zona leste da capital paulista. O jovem suspeito segura o casaco de Guilherme Taucci, enquanto ele examina um arco e flecha. O massacre de Suzano resultou na morte de dez pessoas, entre alunos, funcionários da escola, um parente de aluno e os dois suspeitos. Segundo a polícia, Guilherme Taucci, o atirador mais jovem, matou o comparsa Luiz Henrique de Castro e logo em seguida cometeu suicídio. Ambos eram ex-alunos da escola.