O Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual e Gênero (GADVS) e a Associação Brasileira de Mulheres LGBTIs (ABMLTBI) protocolaram neste sábado (5) duas denúncias de LGBTfobia contra o SBT e a apresentadora Patrícia Abravanel.
As denúncias são referentes às declarações homofóbicas de Patrícia Abravanel no programa "Vem pra Cá" na edição da última terça-feira (1). Para defender Caio Castro e Rafa Kalimann, a apresentadora disse que as pessoas LGBT precisam ser "mais tolerantes" com posicionamentos homofóbicos, pois as pessoas estão aprendendo.
Os grupos encaminharam as denúncias à Secretaria de Justiça do Estado de São Paulo e ao Ministério Público Federal.
Além da ação movida pelos dois grupos, o ativista LGBT Agripino Magalhães vai entrar com um processo por homofobia contra a apresentadora Patrícia Abravanel, que debochou da sigla LGBT.
Magalhaes afirmou que vai entrar na justiça por um pedido de retratação. “Não é a primeira vez que Patrícia Abravanel faz comentários LGBTfóbicos nos programas do SBT. Qualquer pessoa que se sinta incomodada com a orientação sexual do outro deve responder na Justiça, porque o importante é cada um cuidar da sua própria vida."
Patrícia Abravanel, filha de Silvio Santos, diz que precisamos ser “tolerantes com a homofobia”
A apresentadora e herdeira de Silvio Santos, Patrícia Abravanel, ao comentar em transmissão ao vivo na edição desta terça-feira do programa Vem Pra Cá, do SBT, sobre a polêmica envolvendo o ator Caio Castro e a ex-BBB Rafa Kalimann, que compartilharam um vídeo do pastor bolsonarista, afirmou que é preciso ter mais tolerância com as pessoas mais velhas e homofóbicas.
“Nós, mais velhos, nós que fomos educados por mais conservadores, a gente está aprendendo, mas é um direito também das pessoas respeitarem… porque não concordar em discordar, a gente pode ter opinião diferente”, disse Abravanel.
Em seguida, a apresentadora disse que hoje em dia tudo é “muito polemizado”. “Tudo é muito enfatizado, muito polemizado, eu não acho que o Caio Castro ou a Rafa são preconceituosos, são homofóbicos, eu acho que eles foram educados de uma outra maneira”, comentou.